O início da recuperação econômica de alguns dos principais parceiros comerciais da Bahia ajudou na reação da balança comercial do estado que, em agosto, registrou o segundo maior superávit do ano – US$ 236 milhões – com destaque para o aumento de 39,8% nas vendas para os Estados Unidos em relação ao mês de julho.

Além dos EUA, as vendas para América Latina, maior mercado para os produtos manufaturados baianos, também cresceram 86% em relação a julho. Os produtos mais vendidos para os EUA, em agosto, foram petroquímicos, pneus, celulose, óleo combustível, catodo de cobre, manteiga de cacau e mangas.

Mesmo com redução em relação ao ano passado, devido à crise econômica mundial, as exportações baianas começam a reagir, principalmente em setores que ainda não tinham registrado crescimento este ano como petroquímicos, derivados de petróleo, minerais, café e frutas. Os dados foram divulgados, ontem, pelo PromoBahia – Centro Internacional de Negócios.

Retomada

O coordenador de inteligência comercial do órgão, Arthur Souza Cruz, explica que, como a demanda internacional ainda não se recuperou totalmente da redução acumulada desde o auge da crise, a retomada da balança comercial baiana ainda é lenta. As exportações baianas ainda registram queda de 29,7% frente ao mesmo período do ano passado, atingindo US$ 4,3 bilhões. Em agosto, elas somaram US$ 699 milhões, o que representou uma redução de 6,1% frente a julho.

No entanto, Souza Cruz reforça que, embora a retração persista em locais como União Europeia e que as vendas para a China estejam num ritmo menor em relação aos meses anteriores, as vendas baianas de agosto ficaram num bom nível, com reação em setores que ainda não tinham registrado crescimento este ano como petroquímicos (10,8%), derivados de petróleo (7%), minerais (91%), café (46%) e frutas (25%).

No acumulado do ano, as exportações baianas continuam sendo lideradas pelo setor de papel e celulose, com vendas de US$ 821,3 milhões (-13,3%), seguido pelo setor petroquímico, com US$ 798,6 milhões (-19,8%) e pela soja e derivados com US$ 661,6 milhões e crescimento de 39,6%.

Importações

Ainda segundo o PromoBahia, o câmbio valorizado e a recuperação da economia brasileira levaram ao crescimento das importações baianas em agosto, mês com maior volume até agora, em 2009 – US$ 463 milhões e crescimento de 15,3% sobre julho.

Cresceram as compras de nafta (68%), automóveis (76%), cacau (187%) e petróleo (100%), entre os mais importantes. No acumulado do ano, no entanto, as importações estão 37,7% inferiores a igual período de 2008, alcançando US$ 2,7 bilhões.