A Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia realiza amanhã (17), às 11 horas, debate com a etnomusicóloga e folclorista, Emília Biancardi. sobre dança e música no contexto do folclore da Bahia. O objetivo é refletir sobre novas propostas para a linguagem da dança e compartilhar os conhecimentos adquiridos pela educadora nas várias pesquisas que têm realizado sobre o tema.

O evento faz parte do Projeto Sexta em Movimento, realizado sempre as sextas-feiras, com entrada franca, na sede da escola, no Terreiro de Jesus. A convidada desta sexta realiza pesquisas sobre canto e dança do folclore baiano desde os anos de 1960. A importância do seu trabalho foi reconhecida com a criação do Núcleo Emília Biancardi, atual Núcleo de Pesquisa da FUNCEB, com o propósito de estimular a pesquisa.

Emília fundou o pioneiro grupo folclórico do Estado, chamado Viva Bahia, em 1962. Na década de 1970, assumiu a direção musical do Balé Brasileiro da Bahia, atual Balé do Teatro Castro Alves (BTCA). Nos anos de 1980, direcionou seu trabalho para o Balé Folclórico da Bahia. Criou a Fundação Iabás Arte Brasil – Woodstock/Nova Iorque. Publicou vários livros, dentre eles, “Cantorias da Bahia”, “Viva Bahia Canta, Raízes Musicais da Bahia”, além de vários discos e CD’s gravados no Brasil e no exterior.

Destaca-se, ainda, sua atuação à frente da Orquestra Popular da Bahia, um grupo formado por pessoas na faixa etária de 5 a 85 anos, que residem no Centro Histórico de Salvador. Sua rica experiência musical permite-lhe conduzir o grupo de forma polivalente, com forte atuação cênico-musical e coreográfica, com apresentações que envolvem dança e música, simultaneamente.

Estímulo

A nova gestão da Escola de Dança da FUNCEB também quer discutir, com os alunos e a comunidade artística, estratégias para transformar seus aprendizes em potenciais criadores, oferecendo aos alunos conhecimentos técnicos e experiências na área de criação. Dentro das novas propostas, o conjunto de ações inclui o fomento e articulação entre alunos e professores, mercado e profissionais, além da produção e técnicas de aperfeiçoamento.

A nova coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Dança, Clara Trigo, responsável pelo projeto, diz que o seu objetivo é contribuir para a realização das metas da atual gestão, com a diretora Beth Rangel, desenvolvendo um trabalho continuado, que envolva estudo, pesquisa e reflexão.