A Diretoria de Museus (Dimus) do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) conclui, até final deste mês, a atualização do inventário do acervo artístico existente nos imóveis da instituição localizados no Centro Antigo de Salvador.
De acordo com o diretor-geral do Ipac, Frederico Mendonça, a atualização do inventário é parte de programação mais ampla que marcará os 40 anos de fundação do órgão. “Os eventos comemorativos incluem lançamento de publicação, reabertura da biblioteca, inaugurações e licitações de obras, exposição sobre história e ações do instituto, entre outras atividades”, diz Mendonça.
A idéia inicial é que as comemorações se iniciem a partir de 13 de setembro, quando foi fundado o Ipac e se prolonguem até a mesma data do próximo ano. Uma equipe formada por museólogos e fotógrafos, entre outros profissionais, classifica, individualmente, características específicas de cada peça, com título, autor, data, número, função do objeto, material, técnica, dimensões e, finalmente, o estado de conservação.
Segundo a coordenadora de Documentação e Pesquisa de Museus do Ipac, a museóloga Sônia Ivo, todos esses itens são aplicados às diferentes tipologias do acervo que se encontra no Ipac. “Temos peças dos séculos XIX e XX, constituídas em coleções de mobiliário, imaginária, cristais, escultura e telas de pintores, como Diógenes Rebouças e Mário Cravo”, relata a especialista.
Além do estudo, os serviços são complementados por registros fotográficos de cada peça. Para a diretora de Museus do Ipac, Ana Liberato, o objetivo principal da atualização do inventário é preservar e valorizar o acervo artístico das sedes do órgão. “Após a finalização dos trabalhos, poderemos pensar até em uma exposição dessas obras”, finaliza Liberato.
Autarquia da secretaria estadual de Cultura (Secult), o Ipac é responsável pela preservação do patrimônio tangível e intangível da Bahia. Criado como fundação em 1967 passou à categoria de instituto em 1980. Hoje, em conformidade com a política cultural do governo e, seguindo normas federais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Ipac executa a política de preservação do patrimônio cultural do Estado. Entre as atividades do órgão, estão a organização, atualização e difusão dos acervos da Bahia, através de pesquisas, inventários, orientação técnica, salvaguarda e restauração de bens culturais.