Depois de oito anos consecutivos ausente do circuito cultural de Salvador, o badalado projeto jam session de jazz criado, em 1993, pelo baterista e diretor musical, Ivan Huol, volta ao Museu de Arte Moderna (MAM), administrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), para proporcionar aos soteropolitanos um happy-hour que até 2001 foi considerado o melhor da cidade.
Com o novo nome de “JAM no MAM”, o projeto recomeça neste sábado (25), das 18 às 21 horas, e com ingressos a R$ 2,00. Para o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça, é um motivo de comemoração. “O público que for ao MAM para apreciar, à tarde, a exposição ‘Smetak Imprevisto’, em cartaz no casarão, pode usufruir do pôr-do-sol com a jam session”, sugere Mendonça.
O IPAC é também responsável por mais 10 outros espaços artístico-culturais, como Museu de Arte da Bahia (MAB), Palácio da Aclamação, Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, e o novo Palacete das Artes, localizado no antigo palacete Martins Catharino, no bairro da Graça.
Mendonça afirma que a administração da diretora e curadora Solange Farkas, tem sido primordial para o novo dinamismo e extremo profissionalismo impresso nas novas atividades do MAM. “A programação 2007/2008 do Museu está recheada de relevantes atrações, com novo formato para as oficinas e projeto de residências artísticas, que era idéia original de Lina Bo Bardi, entre outras novas ações dessa direção”, enfatiza.
O palco do “JAM no MAM” está armado no estacionamento inferior do complexo arquitetônico do Solar do Unhão. O diretor musical do projeto, Ivan Huol anunciou a formação original da banda na década de 90, com Huol na bateria, Ivan Bastos (diretor assistente e baixo), Paulo Mutti (guitarra), André Magalhães (piano) e André Becker (sax). “Mas essa é uma base, pois esperamos a participação de outros instrumentistas que comparecerão ao local”, afirma Huol.
O repertório do “JAM no MAM” inclui jazz internacional, standards do jazz e blues, bossa-nova e outras composições brasileiras. “Fizemos questão de incluir trabalhos de músicos brasileiros, como João Donato, e de bons representantes da música instrumental da Bahia”, comenta Huol. “Retornar é muito bom, pois o projeto sempre foi considerado o “consulado da música instrumental” da Bahia, onde temos total liberdade, sem ingerência no repertório ou na formatação do show”, ressalta o instrumentista.
O projeto fez apresentação relâmpago em maio deste ano, quando o IPAC promoveu a Semana de Museus. Eram esperadas cerca de 300 pessoas, mas o público ultrapassou mil espectadores. Em outras edições, o evento recebeu Márcio Montarroyos, Victor Biglione, Daniela Mercury e Artur Maia. O “JAM no MAM” acontecerá todos os sábados, sempre no mesmo horário.