Equipes estaduais do Programa Nacional de Apoio à Modernização da Gestão e do Planejamento dos Estados e Distrito Federal (Pnage) estão reunidas em Salvador para debater os rumos da gestão pública do país e atualizar os indicadores de monitoramento das ações do programa, que na Bahia vai investir US$ 9,8 milhões na modernização da gestão pública nos próximos cinco anos.
Cerca de 60 representantes – 27 equipes dos 26 estados e mais o Distrito Federal – participam do evento, que acontece até amanhã (30) no Hotel Vila Galé, em Ondina.
O objetivo do encontro é discutir a adoção de indicativos de curto prazo para avaliar o andamento da execução das ações do Pnage, que é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com a União assumindo a maior parte da contrapartida.
A vertente baiana do Pnage definiu como vetores de sua atuação a modernização tecnológica do estado, ações em recursos humanos, gestão e logística, voltadas para racionalizar o funcionamento da máquina pública baiana.
O diretor nacional do programa, Evandro Vasconcelos, presente ao encontro, disse que por meio do instrumento gerencial é possível uma radiografia de cada ação em desenvolvimento. Ele explicou que todos os estados estão na fase inicial de implantação das ações. “O Pnage tem R$ 6 milhões, referentes a 2006, para repassar aos estados até 31 de dezembro”, destacou.
Para o secretário da Administração, Manoel Vitório, a adoção de ferramentas gerenciais para tornar a execução das ações mais eficazes é fundamental para o andamento do programa e a efetiva modernização da gestão pública estadual.
“Estamos imbuídos de implementar as mudanças necessárias para o salto qualitativo na gestão pública na Bahia, e o acompanhamento de processo e produtos vinculados ao Pnage possibilita a otimização do programa e o cumprimento de nossa missão num intervalo de tempo menor”, declarou Vitório.
Também presente ao evento, o secretário do Planejamento, Ronald Lobato, falou sobre a importância do Pnage para o futuro da gestão pública no estado. “O Pnage é muito importante. Esta ferramenta é uma questão fundamental para a organização e gestão estratégica do programa, com eficiência e eficácia. A Bahia está engajada neste processo de corrigir, detalhar e aprofundar as ações”, observou.

Indicadores

A especialista em Monitoramento e Avaliação de Programas Governamentais, Maria das Graças Rua, professora da Universidade de Brasília (UnB), explicou que, com o avanço do Pnage nos estados, novos índices para monitoramento das ações são necessários para o acompanhamento das ações.
“Estávamos trabalhando com indicadores de efetividade para médio e longo prazo, e não de monitoramento de curto prazo. A proposta é rever estes indicadores, mais ajustados à situação atual”, disse Maria das Graças. Para ela, a importância dos indicadores está não no preenchimento de formulários, “mas na sua utilização como instrumento para as equipes estaduais durante a execução do programa”.
A coordenadora do Pnage em Goiás, Christina Reis, disse que o evento é uma forma também de compartilhar entre os estados o andamento dos projetos e o alcance dos resultados.
“Mantemos contato com técnicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e com servidores de outros estados para a construção do programa. O monitoramento é fundamental para acompanharmos em curto prazo os processos e para que possamos adotar medidas de otimizar o Pnage”, ressaltou Christina.