O diretor de Revitalização de Bacias da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf, Jonas Paulo, apresentou hoje (23), aos colaboradores do Centro de Recursos Ambientais – CRA, o Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Ministério da Integração Nacional.
O Programa tem um prazo de execução de 20 anos e representa um esforço de articulação entre os vários órgãos de governos e a sociedade, com o objetivo de promover a revitalização da bacia e o desenvolvimento sustentável, tendo em vista alcançar a governabilidade desejada, reconhecida como peça importante para a gestão mais eficiente dos recursos naturais.
Dentro do Programa de Revitalização cabe à Codevasf trabalhar com o esgotamento sanitário e resíduos sólidos. A Companhia atua como braço operacional e, de acordo com Jonas, tem aliado o sistema de tratamento a educação ambiental. Ele explicou, ainda, que entre as ações realizadas de forma concomitante com o trabalho de infra-estrutura estão a necessidade de “devolver ao rio a água nas condições que recebemos”, resgatar a integração entre o São Francisco e as cidades que estão em seu entorno, além da proteção das populações quilombolas, indígenas e ribeirinhas tradicionais.
As ações de revitalização são executadas de acordo com as Políticas Nacionais de Meio Ambiente, de Recursos Hídricos e de Saneamento e estão divididas em cinco linhas. A Codevasf atua em três delas – Qualidade e Saneamento Ambiental, Gestão Ambiental e Manejo de Recursos Naturais. Enquanto apontava o conjunto de ações desenvolvidas na Bahia, Jonas Paulo destacou que “no Oeste do Estado, por exemplo, há uma intervenção pesada de recuperação a partir de micro bacias, onde já destinamos R$ 35 milhões. É uma área onde está 25% das águas do Rio São Francisco e a agricultura está presente de forma intensiva”.
Presente na apresentação, a diretora-geral do CRA, Beth Wagner, destacou a importância da ocasião, já que o diretor de Revitalização de Bacias da Codevasf poderia anunciar sugestões de como a autarquia do meio ambiente disponibilizaria o licenciamento para as obras de forma eficiente e ágil. Jonas Paulo não deixou de ressaltar as novas vias de diálogo que se abrem a partir dessa nova gestão governamental e afirmou ainda que a Bahia, por abrigar 47% da extensão do São Francisco, tem a responsabilidade de contribuir com o processo de revitalização do rio.