Um importante passo para a implantação de um pólo tecnológico em Feira de Santana foi dado hoje (27) com a realização de um seminário que reuniu representantes da academia, políticos, empresários e profissionais da área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). O projeto de criar no município um pólo com foco na produção de softwares e serviços correlatos faz parte da estratégia da secretaria de CT&I (Secti) em fomentar a criação de pólos de Tecnologia da Informação (TI) no interior.
Segundo o secretário de CT&I da Bahia, Ildes Ferreira, o governo estadual tem a área de TI como uma prioridade, principalmente focada no fortalecimento da economia do interior. “Outra ação que estamos engajados é na implantação do parque tecnológico, que terá a área de TI como uma das áreas prioritárias, ao lado da biotecnologia e das energias renováveis”, disse.
A apresentação da experiência do Porto Digital, pólo consolidado em Pernambuco, apontou alguns caminhos que podem ser seguidos para o sucesso do empreendimento. O diretor de Incubação do Porto Digital, Maurício Shneck, destacou que três fatores são importantes para a consolidação de um pólo de informática: a demanda dos empresários, a presença de setores acadêmicos com interesse em interagir e a ação governamental.
“Se estes três pilares não caminharem juntos, dificilmente se consiga criar um ambiente com essas características”, disse. Hoje o Porto Digital conta com 3.700 empregados, sendo que 88% com nível universitário, e teve em 2006 um faturamento estimado em R$ 450 milhões.
Um pólo tecnológico é um ambiente que congrega universidades, centros e institutos de pesquisa, empresas de TI e mão-de-obra apta a ser capacitada para o setor, com o apoio das três esferas de governo. Para Adolfino Pereira Neto, diretor do Núcleo Setorial de Informática (NSI) de Feira de Santana, o município reúne todas as condições de abrigar um pólo de informática, a exemplo da proximidade da capital, empresas de TI, universidade, centro tecnológico e um núcleo setorial atuante”, disse.