A exposição permanente A Indústria do Petróleo no Brasil: Memória e Atualidade será aberta na terça-feira (25), às 18h, no Museu Geológico da Bahia, situado no bairro da Vitória. O evento faz parte das comemorações dos 50 anos de criação da Escola de Geologia da Bahia, primeira do país, hoje incorporada ao Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia. A solenidade terá a participação do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, que apresentará a palestra O Desafio na Geração de Energia na Bahia.
Na abertura da exposição, estarão presentes o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo, e o coordenador de Museu Geológico da Bahia, Heli Sampaio. O museu integra a estrutura da SICM e tem como meta promover e divulgar as riquezas minerais do estado, a exemplo do petróleo, que foi descoberto no Brasil em 1939, em Salvador, Bahia, no bairro do Lobato.
Na exposição, os visitantes poderão conhecer os detalhes históricos da descoberta do petróleo, como o impacto que a divulgação do fato causou em toda a imprensa brasileira. A mostra também trata da criação da Petrobras (1943) e do alto nível de desenvolvimento da empresa ao longo dos últimos 60 anos. Quem for ao museu poderá ver de perto os primeiros equipamentos para prospecção usados pelos pioneiros na atividade, como o engenheiro Manoel Inácio Bastos.

Investimento

Adiantando algumas das informações contidas na exposição, o coordenador do museu disse que várias personalidades da época se engajaram na tarefa de fazer o governo federal, com base nas evidências, investir no petróleo da Bahia. Entre esses, destacam-se o então governador Landulpho Alves e Oscar Cordeiro, que foi presidente da Bolsa de Valores da Bahia.
Outra curiosidade é que o nome do bairro onde foi encontrado petróleo pela primeira vez nada tem a ver com o escritor Monteiro Lobato, famoso por encampar a luta do Petróleo é Nosso. Na verdade, Lobato era o nome da antiga fazenda onde foi feita a descoberta. “A propriedade já existia com esse nome desde o século 19”, explicou Heli Sampaio.
Além da nova sala dedicada ao petróleo, o Museu Geológico da Bahia tem mais 17 mil peças que abrangem toda a atividade mineral desenvolvida no estado, como a exploração de pedras preciosas e semipreciosas, mármores e granitos e minérios (ferro, manganês), entre outros.
O museu funciona de terça a sexta-feira, das 13h30 às 18h, e no sábado e domingo, das 13 às 17h, com entrada gratuita.