A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), da Secretaria da Agricultura (Seagri), comunica aos criadores e participantes de eventos eqüestres, como cavalgadas, que a fiscalização da documentação sanitária de eqüídeos será intensificada para conter a Anemia Infecciosa Eqüina (AIE) no estado.
Os documentos exigidos pelo órgão são a Guia de Trânsito Animal (GTA) e o exame laboratorial que comprove a ausência do vírus da AIE. A GTA é o documento que controla o trânsito de animais no estado e, no caso dos eqüídeos, poderá ser emitida pela Adab ou por um médico veterinário autônomo credenciado pelo Ministério da Agricultura.
Quanto aos exames laboratoriais, a Adab informa que devem ser solicitados e recolhidos por médicos veterinários em laboratórios credenciados pelo ministério. Os proprietários que estejam transportando animais sem a documentação exigida estarão sujeitos à legislação vigente, sendo impossibilitados de participar desses eventos.
A AIE é uma doença altamente transmissível e letal, não se conhecendo qualquer tratamento eficaz no combate. Febre alta, respiração rápida, abatimento, cabeça baixa, inapetência e perda acentuada de peso são alguns dos sintomas.
Segundo o diretor-geral da Adab, Altair Santana, há necessidade de se intensificar a fiscalização sanitária nas aglomerações de animais, como forma de controle das doenças, principalmente nos casos da AIE, porque, como não existe tratamento, é dever do órgão sacrificar os animais soropositivos.
“O sacrifício é uma prática que não agrada a ninguém, e a melhor forma de evitá-lo é impedindo a disseminação da doença com a fiscalização”, explicou Santana.
A Bahia tem hoje o maior rebanho eqüídeo do país, com aproximadamente 1,2 milhão de cabeças. As ações do Programa Nacional de Sanidade Eqüídea (PNSE) englobam, além dos inquéritos soro-epidemiológicos, atividades de educação sanitária e a fiscalização do trânsito de animais