“A Ceplac não será desmantelada. Ao contrário, desde o início do governo do presidente Lula, o órgão vem sendo fortalecido, com ampliação do volume de recursos em investimentos tanto em pesquisa quanto em extensão”. A declaração é do secretário da Agricultura, Geraldo Simões, sustentando ainda que após a posse do governador Jaques Wagner o processo de fortalecimento da Ceplac e de revitalização da economia do Sul da Bahia vem sendo intensificado. “O ministro Reinold Stephanes nunca falou em extinção ou em desmantelamento da Ceplac”, garantiu.
Para Geraldo Simões, “aqueles que passaram décadas à frente do governo da Bahia e do governo federal sem nunca resolveram a crise da região cacaueira, estão, agora, querendo fazer terrorismo com os cacauicultores”. O secretário assegurou que tanto ele quanto o governador Jaques Wagner vêm acompanhando o assunto junto ao governo federal e o que está em andamento são providências para a reformulação e o fortalecimento da Ceplac, de forma a torná-la apta para comandar o processo de recuperação da economia cacaueira.
Ele reafirmou que o PAC do Cacau vai incluir a repactuação das dívidas dos produtores (de cerca de R$ 700 milhões) e injetar, em oito anos, cerca de R$ 2 bilhões de dinheiro novo na região, para renovar os cacauais e bases mais modernas e produtivas, além de diversificar a agricultura da região, com a implantação de seringueira, dendê, frutas, flores e forte apoio à verticalização da produção do pequeno agricultor.
Depois de lembrar que ao longo do Governo Lula o orçamento da Ceplac passou de cerca de R$ 10,5 milhões para quase R$ 18 milhões, com crescimento de quase 70% em cinco anos, Geraldo Simões acrescentou que nesse período diversas categorias de servidores da instituição tiveram reajustes salariais entre 88% e 833%, diante de uma inflação acumulada de 25%. “Os servidores da Ceplac estão sendo valorizados como nunca tinham sido”, disse ele.
Além disso, citou ainda o secretário da Agricultura, a Ceplac tem investido também na recuperação da infra-estutura de sua sede regional (Itabuna/Ilhéus); no processo de informatização, com a aquisição de 400 novos computadores interligados em rede; e agilizando o deslocamento de seus técnicos e pesquisadores, com a aquisição de 200 veículos. O apoio à pesquisa levou ao desenvolvimento de clones de cacaueiros com alta resistência à vassoura-de-bruxa.
“Nosso empenho é o de fazer com que a Ceplac seja cada vez mais um órgãos de defesa dos grandes, médios e pequenos produtores, colocando sua estrutura e a experiência de seus servidores em benefício do aumento da produtividade do cacau e de projetos de diversificação como a agroindústria, o etanol, o biodiesel, a produção da borracha e a consolidação de um pólo de fruticultura no sul da Bahia”, concluiu.