O ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, abre amanhã (1º), às 10h, no Palácio Rio Branco, a Semana de Ciência e Tecnologia na Bahia, onde assina, com o governador Jaques Wagner, um termo de compromisso autorizando a liberação de recursos federais para o início das obras de implantação do Parque Tecnológico TecnoVia, no valor de R$ 13,6 milhões.
O parque será dotado de infra-estrutura necessária para atrair empresas de base tecnológica, contando com incubadoras de empresas, centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), laboratórios de núcleos de pesquisa, além de áreas compartilhadas para interação entre universidades e empresas.
O TecnoVia está sendo projetado pela Secretaria Ciência e Tecnologia, em parceria com o Governo Federal, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e Prefeitura de Salvador. Ele vai funcionar próximo à Avenida Paralela.
Sua implantação será realizada por fases, em um projeto de longo prazo. A intenção é manter a harmonia com o meio-ambiente, por meio da implantação de empresas com tecnologias limpas e da conservação da vegetação nativa de Mata Atlântica, que ocupará cerca de 50% da área. Três setores foram apontados como as escolhas mais adequadas e estratégicas – Tecnologia de Informação e Comunicação, Biotecnologia e Energia.
A Prefeitura criou incentivos fiscais para a área (IPTU e ISS) e, para viabilizar a implantação do parque, o estado acabou de regulamentar a lei que institui o Programa Estadual de Incentivos à Inovação Tecnológica (Inovatec).
Até 2010, o Inovatec contará com recursos de R$ 60 milhões, visando ampliar a base tecnológica da Bahia. Para o exercício financeiro de 2007, o programa vai dispor de R$ 15 milhões, provenientes do Fundo de Investimentos Econômico e Social da Bahia (Fies).
Atualmente, existem no Brasil cerca de 40 parques tecnológicos implantados e em fase de implantação, sendo 18 na região Sudeste, 12 na Sul, seis na região Nordeste, um na Centro-Oeste e outro na Norte.
O modelo de parques tecnológicos é uma política pública estratégica para fomentar o desenvolvimento regional, uma vez que é aderente às particularidades e vocações produtivas de cada região, reunindo empresas e institutos de pesquisa num espaço planejado e organizado de modo a permitir o uso de serviços compartilhados.
Quase sempre próximos dos laboratórios de grandes universidades, os parques tecnológicos são ambientes muito favoráveis ao desenvolvimento de atividades de alto valor agregado e ao surgimento de empresas de base tecnológica.