O Cresce Nordeste Cultura e o CrediAmigo Cultura foram lançados hoje (18), em solenidade no auditório da Agência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), no Comércio. Os programas serão tocados pelo BNB, em uma ação conjunta com o Ministério da Cultura e parceria com a Secretaria de Cultura do Estado.
Por meio do Cresce Nordeste Cultura, as empresas que atuam no setor podem obter um financiamento de até 50% do investimento total do empreendimento. O CrediAmigo Cultura é um programa de microcrédito produtivo orientado para pequenos empréstimos, inicialmente de até R$ 2 mil, a microempreendedores que realizem atividades culturais.
O secretário de Cultura, Márcio Meirelles, destacou que a presença da política do balcão ainda é muito forte na Bahia, defendendo a importância da criação de linhas de financiamento e microcrédito para a cultura. “Em geral, os produtores culturais se preocupam mais em produzir, esquecendo da distribuição. Precisamos trabalhar pela sobrevivência da cultura e diminuir a dependência do Estado”, ressaltou.
A solenidade de lançamento contou também com a presença do Superintendente Estadual do BNB, Paulo Sérgio Rebouças Ferraro. Segundo ele, o Banco está apostando na qualificação das oportunidades de negócios no setor cultural e citou como exemplo o programa BNB Cultura, lançado há dois e que já conta com mais de 500 projetos apresentados este ano.

Programas

Com juros baixos e prazo de pagamento de até 12 anos, o programa Cresce Nordeste Cultura é destinado à implantação, ampliação, modernização e reforma de empreendimentos, além de produção, circulação, divulgação e comercialização de produtos e serviços culturais. Financia ainda salas de cinema e de teatro, fabricação de instrumentos musicais e de CDs, produção e distribuição de vídeos e filmes, empresas de impressão de livros, de promoção de atividades artísticas, entre outras.
Também podem ser financiados, a capacitação de mão-de-obra necessária ao empreendimento por meio de empresas especializadas, gastos com construção, ampliação e reforma de benfeitorias e instalações, e capital de giro associado ao investimento fixo.
O CrediAmigo para o Setor Cultural – que atende a capital de giro e compra de equipamentos – está oferecendo pequenos empréstimos em atividades como fabricação e comercialização de artesanato, venda de comidas típicas, venda, gravação e edição de CDs e DVDs, serviços fotográficos, livrarias, bancas de revista, venda de livros usados, bandas de música e instrumentos musicais, entre outros itens.
Economia da Cultura

No lançamento, o superintendente de Promoção da Secretaria de Cultura da Bahia, Paulo Henrique de Almeida, falou sobre economia da cultura e o desafio de construção de um verdadeiro mercado cultural na Bahia. “O setor cultural também deve trabalhar com financiamento, crédito e competição”, afirmou, destacando que a Secult pretende expandir esse trabalho com outro projeto-piloto de microcrédito, desta vez em parceria com a Desenbahia.
Paulo Henrique ressaltou ainda a necessidade de linhas de financiamento para as áreas de cultura digital e exportação de serviços culturais, além da intensificação do trabalho de culturalização da economia. “É preciso colocar mais cultura na nossa mercadoria”, disse, lembrando de segmentos como mobiliário, decoração e gastronomia, nas quais a cultura pode agregar valor aos produtos.