A Série TCA 2007 – Ano XII apresenta no próximo dia 19, às 20h30min, na Sala Principal do Teatro Castro Alves, o concerto comemorativo dos 25 anos de fundação da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). O regente convidado para essa noite especial é um dos mais atuantes e prestigiados maestros brasileiros de renome internacional, John Neschling, regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
O espetáculo terá como solista convidado, o violinista italiano Emmanuelle Baldini. Para celebrar as bodas de prata, a Osba executará um programa que destaca duas peças brasileiras – Passacalha para o novo Milênio, composta especialmente para a Osesp, pelo maestro e compositor catarinense Edino Krieger (1928 -) e Suíte Brasileira – (Samba), do paulista Alexandre Levy (1864-1892). Na segunda parte do concerto, o público terá a Sinfonia nº 5, Opus 64. em Mi menor, uma das mais conhecidas obras do compositor russo Piotr I. Tchaikowsky (1840-1893).
Os ingressos (inteira) custam R$ 20, (filas Z1 a Z11), R$ 40, (filas de Q a Z) e R$ 60, (filas A a P) e podem ser adquiridos na bilheteria do TCA e nos SACs dos shoppings Barra e Iguatemi. Um programa desenvolvido pela Osba e TCA disponibiliza uma cota de 200 ingressos gratuitos para jovens menores de 18 anos. No dia do espetáculo haverá também ensaio geral na Sala Principal, das 9h45min às 12h45min, com entrada franca para o público.

Dedicação

Promovida pela Fundação Cultural do Estado, vinculada à Secretaria de Cultura, e o Teatro Castro Alves, a Série TCA está tendo a Orquestra Sinfônica da Bahia como um dos destaques de sua edição 2007. Sob a gestão artística de Ricardo Castro, a Osba vem se apresentado com regentes e solistas convidados de grande prestígio internacional.
O diretor do TCA, Moacyr Gramacho, lembra que a orquestra completa 25 anos de atividades com um importante currículo de concertos e realizações que a situam entre as mais conceituadas orquestras do país. “A Osba é fundamental para a cultura de nosso estado e um dos braços indispensáveis do TCA. Queremos melhorá-la ainda mais. No momento, buscamos o aperfeiçoamento técnico e artístico de todos os naipes, inclusive com a criação de novos grupos de câmara, aproveitando o potencial de cada músico. Também estamos desenvolvendo, por meio da orquestra e como iniciativa prioritária do Governo do Estado, o Neojibá, Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia”, enfatiza Gramacho.
“Sem uma orquestra sinfônica, nossa população, principalmente a menos privilegiada, nunca teria a oportunidade de ouvir o repertório sinfônico, patrimônio histórico da humanidade, grande legado dos mestres da música de ontem e de hoje”, afirma o gestor artístico da Osba, o pianista baiano Ricardo Castro. Segundo ele, “temos hoje na Bahia, graças a muitos anos de luta e dedicação, uma bela orquestra ainda em fase final de consolidação”. Ele prevê que “em breve, esse barco sonoro poderá, com seus próprios meios, navegar em altos mares”.

Platéias

Criada em 30 de setembro de 1982, a Osba é uma companhia estadual que integra os corpos estáveis do TCA, mantida pela Secretaria de Cultura. Nesses 25 anos, vem cumprindo seu objetivo de difundir a música de concerto e formar platéias, realizando apresentações não apenas na Sala Principal, mas também em espaços alternativos como parques, escolas, praças, igrejas, estádios e templos de candomblé, em Salvador e cidades do interior baiano. A orquestra desenvolveu programas como o Festival Barroco, a Série Concerto Nobre e a Série de Concertos Didáticos e Eruditos. Também promoveu o Concurso Nacional para Jovens Solistas da Osba, com o total de cinco edições.
De 1992 a 2006, a Osba esteve sob a direção do professor e primeiro violino de spalla, Salomão Rabinovitz. Em 2007, Ricardo Castro assumiu como gestor artístico. O regente titular é o maestro Erick Vasconcelos e o atual spalla, Alexandre Casado. A orquestra, que hoje conta com 60 músicos, já se apresentou sob a regência de maestros renomados como Isaac Karabtchevisky, José Collado, Alexander Titov, Boyko Stoianov, Jacques Morelenbaum, Roberto Duarte, Oswaldo Colarusso, Norton Morozowicz, Alex Klein e Ira Levin.

Pavarotti

Entre os cantores líricos e instrumentistas que se apresentaram com a orquestra baiana, destacam-se estrelas como Luciano Pavarotti, Montserrat Caballé, Tereza Berganza, Arthur Moreira Lima, Nelson Freire, Fernando Lopes, Elisa Fukuda, Egberto Gismonti, Léo Gandelman, Cristina Ortiz e o próprio Ricardo Castro. A Osba também já se apresentou com nomes da MPB, como Nana Caymmi, Gal Costa, Milton Nascimento e Carlinhos Brown. Acompanhou ainda os balés russos Kirov e Bolshoi, e o Ballet da Cidade de Nova York, em espetáculos no TCA.
John Neschling

O maestro e compositor John Neschling é o regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), desde 1997. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1947. Sobrinho-neto do compositor Arnold Schoenberg e do maestro Athur Bodanzky, muito cedo começou os estudos de piano e seguiu a vocação para regência, com Hans Swarowsky, em Viena, e com Leonard Bernstein, em Tanglewood, Estados Unidos.
Dentre os concursos internacionais de regência que venceu, estão os de Florença, Itália, em 1969, da Sinfônica de Londres, em 1972, e do La Scala, em 1976. Na Europa, foi diretor artístico do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, do Teatro de St. Gallen, na Suíça, Teatro Massimo, de Palermo, e da Ópera de Bordeaux. Também foi regente residente na Ópera de Viena, Áustria. Nos Estados Unidos, estreou em 1996, conduzindo “Il Guarany”, de Carlos Gomes, na Ópera de Washington, com o tenor Plácido Domingo no papel de Peri.
De volta ao Brasil, em 1973, assumiu a direção dos teatros municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Neschling também se dedica à composição para cinema e teatro, sendo o autor das trilhas sonoras dos filmes “Pixote”, “O Beijo da Mulher Aranha”, “Lúcio Flávio”, “Gaijin”, e “Os Condenados”. Também assinou a trilha da minissérie “Os Maias” e compôs a música do filme “Desmundo”, de Alain Fresnot, além da música incidental da telenovela “Esperança”.

Programa

Edino Krieger (1928)
Passacalha para o novo Milênio

Alexandre Levy(1864-1892)
Suíte Brasileira – “Samba”

Piotr Ilyitch Tchaikowsky (1840-1893)
Sinfonia nº 5, Opus 64. em Mi menor
Adágio-Allegro com anima
Andante cantabile com alcuna licenza
Allegro moderato
Andante maestoso-Allegro vivace