Ministro da Cultura e Governador inauguram Casa de Samba de Santo Amaro

Terra natal de cantores da MPB, como Caetano Veloso e Maria Bethânia, o município de Santo Amaro, no Recôncavo baiano, também é palco do samba de roda regional. O ritmo agora ocupa não só as ruas, como também o casarão Solar Subaé, transformado na Casa de Samba de Santo Amaro. O projeto, uma iniciativa do Ministério da Cultura, foi inaugurado hoje (14) pelo ministro Gilberto Gil e o governador Jaques Wagner.
Mais de 15 grupos de samba do Recôncavo participaram da inauguração do pomposo casarão do século XIX, que já hospedou o Imperador D. Pedro II e agora abriga a memória de uma das manifestações mais populares, enaltecida como nobre da região.
A reforma representa investimento de R$ 1,5 milhão pelo Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Criado em 2000, o programa implementa políticas de inventário, registro e salvaguarda de bens culturais de natureza imaterial, como o samba.
“É um trabalho de requalificação da cultura regional, seguindo uma tendência mundial de preservação do patrimônio, seja material ou imaterial”, afirmou o ministro Gil. “O samba de roda tem agora uma casa de referência em relação às suas raízes, que vai atender não só aos sambadores como aos estudiosos da influência desse ritmo na formação da sociedade”, completou.
O governador Jaques Wagner ressaltou a parceria com o governo federal para a preservação e incentivo à cultura baiana. “Quem quer pensar no futuro tem que preservar a cultura, o seu passado”, afirmou Wagner, ressaltando seu o orgulho em saber que o samba de roda é uma manifestação autêntica da Bahia.
Caetano Veloso, dona Cano e Regina Case também comemoraram a inauguração. “Fico feliz pelo restauro do casarão do Solar do Subaé que para mim parece um sonho e principalmente por vê-lo transformado na Casa de Samba de Roda de Santo Amaro, uma iniciativa bonita e adequada, disse Caetano Veloso.
A festa continuou durante a noite sob o comando do presidente da Associação de Sambadores e Sambadeiras do Recôncavo, Rosildo do Rosário. “Vamos sambar minha gente”, conclamou Rosildo.