O saldo dos empregos criados com carteira assinada nos primeiros oito meses deste ano (49.512) já equivale praticamente ao dobro do saldo do acumulado de todo o ano de 2006 (25.089). O resultado corresponde a um incremento de 4,26% na criação de novos empregos com carteira assinada – índice relativamente próximo da média nacional (5,18%) e significativamente superior (mais do que o dobro) em relação ao conjunto da região Nordeste (2,01%).
As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
A Bahia responde por 59,2% do total de empregos criados no Nordeste (83.589) durante os dois primeiros quadrimestres deste ano. Entre os setores, se destaca a agropecuária, que, mesmo diante do desempenho negativo observado em agosto, vem apresentando um desempenho bastante favorável em 2007, com a criação de 11.858 empregos (cerca de 23,9% do total estadual).
“Este desempenho da agropecuária contribuiu decisivamente para a expansão de 5,75% do nível de emprego no interior baiano, mediante a criação de 31.870 postos de trabalho (64,3% do total) fora da Região Metropolitana de Salvador durante os oito primeiros meses deste ano”, explicou o diretor de Pesquisas da SEI, José Ribeiro Soares Guimarães.
O setor de serviços acumula 10.776 empregos (21,8% do total) entre janeiro e agosto deste ano. A indústria de transformação já gerou 9.423 empregos, com destaque para os setores de produção de alimentos e bebidas (3.178 vagas), calçadista (1.694 postos) e têxtil/vestuário (1.094 empregos).
A construção civil também vem apresentando resultados expressivamente positivos ao gerar 9.395 empregos este ano, o correspondente a uma expansão de 11,13%. “Este resultado é reflexo direto dos investimentos públicos em infra-estrutura e privados na implantação e ampliação de empreendimentos e deve aumentar até o final do ano, em função das obras relacionadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, avaliou Ribeiro.
O comércio acumula a criação de 6.640 empregos, sendo 4.183 no comércio varejista e 2.457 no comércio atacadista. A oferta de vagas no comércio varejista acompanha o desempenho econômico do setor.
Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista (IBGE/SEI), entre janeiro e junho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2006, o aumento acumulado das vendas do comércio varejista do estado foi de 10,9%.