O lançamento oficial do Programa de Manejo Estratégico de Pragas das Anonáceas, desenvolvido pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) no início deste ano, será em julho. Dentre as plantas do grupo das anonáceas destacam-se na Bahia a pinheira, (Annona squamosa L.) e a gravioleira, (Annona muricata L.). A cultura da pinha gera, no município de Presidente Dutra, na região de Irecê, semi-árido baiano, uma receita anual de R$ 13 milhões, e gera cerca 14 mil empregos diretos e indiretos.

O programa, que irá beneficiar cerca de cinco mil agricultores familiares em 20 municípios na macroregião de Irecê, tem como objetivo implementar medidas de controle integrado para as pragas das anonáceas, visando o manejo fitossanitário sustentado dos pomares, de modo a reduzir as perdas e os prejuízos provocados pela ação das pragas nesta cultura.

De acordo com o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab, Cássio Peixoto, o projeto tem parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, e traz como novidade a implantação da técnica do uso de feromônio para controle da broca do fruto. “A pinha se constitui num grande produto para o mercado interno e externo”, informa Peixoto.

O georreferenciamento dos pomares, monitoramento das ocorrências fitossanitárias, realização de workshop em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Ministério da Agricultura, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e prefeituras municipais da região estão entre as ações previstas pela Adab ainda para esse ano. Serão realizados ainda campanhas educativas, treinamentos e dias de campo.