Indiciada em inquérito policial por estelionato, a advogada Virgínia Amália Marques Nápoli Guerra, de 35 anos, foi presa hoje (14), por policiais  da  Delegacia de Crimes Fazendários, em sua residência, no  bairro da Pituba,  em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pelo juiz substituto da 14ª Vara Crime, Paulo de Souza Pinto.  Contratada por um comerciante de Feira de Santana, de prenome Paulo, a advogada recebeu cerca de R$ 30 mil para cobrir as custas de um processo ao qual não deu andamento, chegando a falsificar uma certidão da Vara Cível,  na tentativa de ludibriar a vítima.

Com um mandado de busca e apreensão, também expedido pelo juiz Paulo Souza Pinto, os policiais aprenderam no apartamento de Virgínia Amália, localizado na Rua Renato Berenguer, na Pituba, um computador e diversos documentos. O inquérito policial está sendo presidido pelo delegado Jackson Carvalho e a advogada foi abordada pela Polícia por volta de 6h30.

Segundo informou o titular da Delegacia de Crimes Fazendários, delegado Cleandro Pimenta, o comerciante lesado procurou a Polícia há cerca de 20 dias. Proprietário da Brasil Comércio de Máquinas de Costuras e Peças Ltda, em Feira de Santana, Paulo teve o estabelecimento atingido por um  incêndio ocorrido numa loja vizinha, há um ano, e contratou Virgínia Amália para representá-lo perante a Justiça, buscando o ressarcimento prejuízos.

De acordo com o comerciante, a advogada mentia quanto ao andamento do processo, tendo lhe informado, inclusive, que o juiz havia deferido sobre a solicitação de indenização. “O cliente repassou à advogada R$ 30 mil, referentes,  segundo ela,  às custas do processo. Para tentar comprovar o pagamento, falsificou uma certidão da Vara Cível e também um trecho do Diário do Poder Judiciário com a suposta decisão do juiz favorável à vítima”, disse o delegado Cleandro Pimenta.