O chefe da Polícia Civil, delegado João Laranjeira, foi procurado hoje (12), na sede da instituição, na Piedade, pelos advogados Sérgio Reis e Domingos Arjones, constituídos pelos familiares da ex-subsecretária municipal de Saúde Aglaé Amaral Sousa e da ex-consultora técnica da SMS Tânia Maria Pimentel Pedrosa.

Vieram lhe comunicar da decisão da Justiça, tomada pelo desembargador Mário Alberto Simões Hirs, do Plantão Judiciário, de liberar para eles o acesso aos autos do inquérito que investiga a morte do servidor municipal Neylton Souto da Silveira, subcoordenador de Contabilidade de Gestão Plena da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Salvador e responsável pelo Fundo Municipal de Saúde e pagamentos de serviços prestados ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Laranjeira assegurou que a Polícia Civil vai cumprir imediatamente a determinação judicial, ressaltando que as investigações vêm sendo desenvolvidas dentro da lei e da ética e que todos os atos do inquérito estão acompanhados pelo Ministério Público e respaldados pela Justiça. Enfatizou ainda que o segredo de Justiça permanece. “Nós, delegados, nada podemos externar a respeito do que se encontra nos autos”, disse.

Lembrou também que Aglaé Sousa e Tânia Pedrosa, acusadas como mandantes do crime pelo segurança Josemar dos Santos, estão presas temporariamente, decisão que pode ser renovada no final do prazo ou ser convertida em preventiva. “Se efetivamente a indiciação apontá-las como autoras intelectuais do delito, caberá ao juiz Cássio Miranda, da 1ª Vara Privativa do Júri, examinar a conveniência da decretação de uma prisão preventiva”, revelou o delegado-chefe, garantindo, entretanto, que isso exigirá da Polícia Judiciária uma série de investigações para que se complete a prova.