A Agerba tirou de circulação 12 ônibus da Expresso Atlântico, que estavam operando com certificado de vistoria irregular e emplacamento atrasado, alguns desde 2002. Paralelamente, a agência determinou uma vistoria rigorosa em toda a frota da empresa, acionou o Detran para investigar possíveis irregularidades envolvendo a duplicidade no emplacamento dos veículos e abriu sindicância interna para apurar a suspeita de envolvimento de funcionários da autarquia na concessão do atestado de vistoria. A informação foi divulgada hoje (2) pelo diretor-executivo da Agerba, Antonio Lomanto Netto.

“Estamos adotando medidas judiciais contra a empresa, que podem culminar, inclusive, com a cassação da permissão para exploração de linhas. A prioridade da atual gestão da Agerba é a melhoria da qualidade do serviço prestado à população”, afirma. 

A Atlântico opera duas linhas do sistema metropolitano: Vilas do Atlântico/Praça da Sé e Vilas do Atlântico/Terminal da França. Para garantir o transporte dos usuários, a Agerba  já acionou duas empresas do sistema (Rio Vermelho e Costa Verde), que deverão colocar ônibus nessas linhas, caso a frota atual da Atlântico não seja suficiente para o  atendimento da demanda.

A decisão de apreensão dos ônibus da Atlântico foi tomada depois que a diretoria da Agerba recebeu denúncia do empresário Gildo Anselmo de Oliveira. “Recebemos esta denúncia na sexta-feira, mas o seu autor já tinha, desde 2005, feito a reclamação à Ouvidoria da Agerba, em documento assinado. Esse processo ainda não foi encontrado pela atual gestão da agência, mas a comissão de sindicância também vai investigar o caso, que é muito grave”, observou o diretor da Agerba.

Na cópia do documento/denúncia, assinado  e protocolado na Ouvidoria da Agerba em 12 de maio de 2005 e entregue à atual diretoria da agência,  o empresário Gildo Anselmo chamava a atenção, entre outras irregularidades,  para o fato de que os  veículos, com Certificado de Registro de Veículos (CRV) emitido pelo Detran do Rio de Janeiro, terem sido autorizados a rodar normalmente com placas de Lauro de Freitas, sem que tenha havido nenhuma transferência de propriedade, o que teria que ser feito ou pelo Detran do Rio ou pelo Detran da Bahia.