Da tradição dos primeiros cristãos de presentear com ovos coloridos não-comestíveis durante a Páscoa, restou o hábito de comprar ovos e bombons de chocolate. E essas delícias ganharam as mais variadas versões, desde as mais comuns, a exemplo de amargo, meio-amargo e branco, até as mais sofisticadas, com sabores complexos e ornamentação.

No sul da Bahia, uma pesquisa coordenada pelo agrônomo hondurenho Raúl René Meléndez Valle tem aprimorado a produção de cacau e seus derivados, incluindo a produção de chocolate com concentração de massa de cacau que varia de 40% a 50%. Os chocolates comumente encontrados no mercado levam, no máximo, 10%. “Nosso percentual garante que o consumidor sinta, verdadeiramente, o gosto do chocolate, além de ajudar os produtores da região, que ganham mercado”, explica Valle.

Batizada de Chocolate Sabor Bahia, a massa de cacau desenvolvida na Ceplac não foi patenteada, sendo, portanto, de domínio público, podendo ser utilizada por qualquer indivíduo interessado em consumir ou produzir o chocolate concentrado ou, mesmo, vendê-lo. Folhetos com receita da massa e sugestões de inclusão de frutas tropicais no chocolate podem ser adquiridos gratuitamente na sede da Ceplac.

O projeto de produção da massa levou, aproximadamente, quatro anos para ser concluído e recebeu um total de R$ 940 mil em recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Mais informações com Raúl Valle, telefones (73) 3214-3236 / (73) 8802-1267 / (73) 9983-8343 e e-mail raul@cepec.gov.br.