Biofábrica fornecerá mudas para arborização urbana

O Instituto Biofábrica do Cacau está desenvolvendo estudos para fornecer mudas para arborização de cidades. O diretor-geral do instituto, Moacir Smith Lima, participou sexta-feira (23), de um encontro com prefeitos na sede da Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), a convite do presidente da entidade, Orlando Filho, quando explicou o funcionamento e anunciou os planos da Biofábrica para este ano.

No encontro, que teve a participação de 14 municípios representados por prefeitos e assessores, secretários de Agricultura e do consultor em projetos da Organização das Nações Unidas (ONU), Carlos Aquino, Moacir disse desejar ampliar o número de produtos fornecidos pela biofábrica, sendo um deles mudas para arborização urbana.

“A maioria dos municípios não conta com viveiros próprios. Poderemos usar nossa estrutura para produzir e fornecer mudas às prefeituras”, disse Moacir Lima. A biofábrica possui viveiros de mudas clonais, descentralizado em 17 municípios, “o que poderá facilitar a retirada das mudas pelos municípios”, segundo o dirigente.

Uma das plantas em estudo para ser fornecida é a palmeira imperial, planta ornamental de fácil adaptação ao clima regional. Moacir Lima, que esteve acompanhado na reunião pelo gerente administrativo-financeiro Lenildo Santana, disse que faz parte dos planos da biofábrica fornecer orquídeas, plantas exóticas e mudas de espécies nativas da mata atlântica com endemismo regional.

As palmeiras imperiais adquiridas pelos municípios custam entre R$ 50 e R$ 1500. A biofábrica planeja comercializar a preços acessíveis. O dirigente disse que um dos temas mais discutidos no momento é o aquecimento global. “As populações das cidades são as que mais sofrem com as altas temperaturas, pois são pouco arborizadas”, disse. Estudos desenvolvidos por climatologistas indicam que o plantio de árvores pode ajudar a reduzir a temperatura entre dois e quatro graus centígrados.

O presidente da Amurc e prefeito de Buerarema, Orlando Filho, elogiou a medida . “A biofábrica vai dar uma grande contribuição para deixar nossas cidades mais belas, os ambientes melhores”, afirmou. Orlando Filho citou um projeto de arborização em Brasília, que usa fruteiras como a jaca, sugerindo o uso na região.

Moacir Lima disse que o laboratório de micropropagação, inaugurado recentemente, está funcionando em estágio experimental e deve entrar em funcionamento definitivo no segundo semestre do ano. Um dos mais modernos do mundo, o laboratório está instalado em Banco do Pedro, no município de Ilhéus. “A biofábrica está aberta aos prefeitos, a intenção é desenvolver ações articuladas com os vários organismos e instituições regionais, dentre eles, a Amurc”.