Transformar a RMS em um Pólo Metropolitano de Serviços, com ênfase para atividades como turismo, tecnologia da informação e comunicação, serviços empresariais e portuários. Esta é uma das diretrizes do plano estratégico do governo Jaques Wagner, apresentado ontem (7), pelo secretário do Planejamento, Ronald Lobato, ao Conselho Superior da Associação Comercial da Bahia (ACB). A exposição foi feita em sessão ordinária, mediada pelo presidente da entidade, João José de Carvalho Sá.

Segundo o secretário, para que as diretrizes sejam efetivadas é preciso considerar as bases do desenvolvimento e o projeto de governo deve estar em sintonia com o espírito de democracia, participação e diálogo social. Daí a proposta de instituição de instrumentos que permitam o controle social, a exemplo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. “A ACB, certamente, vai integrar esse órgão para que as demandas do segmento sejam contempladas nas discussões e definições de políticas públicas do Estado”, declarou Ronald Lobato.

A afirmação do secretário foi absorvida de imediato pelos conselheiros, que fizeram várias propostas para o plano estratégico. O professor Manoel Barros, por exemplo, aprovou o projeto de desenvolvimento delineado para a RMS, destacando que Salvador tem também um forte potencial para serviços nas áreas de saúde e educação. Ele considerou  interessante a implantação de um plano que estimulasse o fortalecimento da educação superior na capital baiana, com ênfase para a engenharia, a informática, e que configurasse Salvador como uma grande cidade universitária.

Já o conselheiro Orlando Passos quis conhecer as propostas do Governo do Estado para a agricultura familiar. De acordo com o secretário, o segmento está priorizado no plano estratégico entre os pequenos empreendimentos que serão fortalecidos para contribuírem com o desenvolvimento econômico da Bahia. Os conselheiros Victor Ollero Ventin e Lise Weckerle, que também é presidente da ACB, propuseram a definição de um novo cronograma de pagamento dos impostos estaduais, informando que o pleito foi entregue ao secretário da Fazenda, Carlos Martins. Lobato considerou o tema é bastante pertinente e disse que o mesmo deve ser levado ao fórum de desenvolvimento econômico e social.

Fundada em 1811, a ACB é uma entidade voltada para a orientação e defesa dos interesses coletivos dos associados e dos empresários baianos. Entre os serviços oferecidos à comunidade está a Câmara de Mediação e Arbitragem, que atua na administração e extinção de litígios, podendo ser aplicada para dirimir contendas relativas a direitos patrimoniais disponíveis. A ACB também é um órgão técnico e consultivo do poder público, credenciado para emitir certificação de origem, peso e qualidade para produtos exportados da Bahia.