Em 1941, a Bahia se torna palco para a descoberta do primeiro campo comercial de petróleo no Brasil, no município de Candeias, fruto de intensas pesquisas no Recôncavo baiano. Nesta época, intensificaram-se os trabalhos de definição de políticas públicas de controle sobre as atividades de refino e exploração do “ouro negro”, cuja extração passou, em 1954, a ser responsabilidade da recém–criada Petrobrás. A partir daí, iniciou-se o processo de industrialização da Bahia, com o setor petrolífero à frente das mudanças.

Para resgatar o início desta trajetória, focando na criação e atuação do Conselho Nacional de Petróleo (CNP) em solo baiano, bem como os primórdios da industrialização no estado, o Projeto Memória do Desenvolvimento da Bahia (1945 -1964) traz em sua sexta conferência o professor Wilton Valença da Silva, com a palestra O Conselho Nacional do Petróleo e a Industrialização da Bahia, amanhã (8), às 10h, no Palácio Rio Branco (Praça Municipal).

Nascido em Ilhéus, Valença foi do quadro da Petrobrás e até 1985 foi instrutor de cursos de perfuração, ao passo em que deu início à organização trabalhista dos petroleiros, com a fundação do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Extração de Petróleo (Stiep), sendo seu presidente durante três gestões. O Stiep, que hoje dá nome a um bairro de Salvador, foi o primeiro do país no setor.