Desemprego em queda pelo 5º mês na Região Metropolitana de Salvador

A Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Salvador (PED/RMS) apontou, em janeiro, diminuição na taxa de desemprego local, que passou de 22,3% para 22,1%. O número foi divulgado hoje (28), durante entrevista coletiva, por técnicos da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), da  Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), parceiros na realização da pesquisa. A tendência de redução da taxa se mantém desde setembro, confirmando até o momento a expectativa apresentada para este ano a partir do comportamento em 2006.

O professor da Ufba e economista Wilson Menezes destacou que, no mês de janeiro, tradicionalmente a taxa tende a crescer, o que não aconteceu, tornando este resultado mais relevante. “Essa é a menor taxa dos meses de janeiro desde 1998. Outro ponto positivo é que a redução se deu pela criação real de vagas e não pela saída de pessoas do mercado de trabalho”, revelou. Em janeiro, foram abertos quatro mil postos de trabalho, o suficiente para absorver a entrada de mil pessoas na disputa por uma oportunidade de trabalho. Cerca de três mil pessoas saíram do contingente do desemprego, estimado agora em 394 mil, enquanto o total de ocupados é de cerca de 1 milhão 389 mil pessoas.

O setor de serviços, de maior atividade na RMS, criou 10 mil novos postos, enquanto comércio e o agregado outros setores demitiram três mil cada e a indústria manteve-se estável. Os segmentos de emprego doméstico e emprego público tiveram retração, enquanto a geração de postos foi principalmente com carteira de trabalho assinada.

“Uma boa notícia foi o aumento do rendimento médio real, que cresceu após um movimento de diminuição”, disse Menezes. Para os ocupados, o crescimento foi de 4,1%, enquanto para os assalariados, foi de 2,4%. Em valores monetários, esses trabalhadores passaram a receber, em média, respectivamente, R$ 797 e R$ 900.