A Desenbahia já está pronta para atender aos cacauicultores contemplados pela Resolução 3.407/2006, do Conselho Monetário Nacional, que alongou as dívidas dos financiamentos do Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira Baiana em até dez anos e concedeu outros benefícios. O prazo limite para a formalização dos aditivos é 30 de março próximo.

Os interessados devem procurar a Gerência de Renegociação de Crédito da Desenbahia, através do telefone 0800-285-1626, ou qualquer agência do Banco do Nordeste. Quem renegociar terá desconto de 8,8% no saldo devedor na data de repactuação, retirada total da mora, e só pagará a primeira parcela da dívida dois anos após a data de renegociação, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, com taxa de juros reduzidas. Além disso, será concedido bônus de adimplência de 25% sobre cada parcela paga até a data do respectivo vencimento.

“Essa resolução traz para o produtor condições especialmente favoráveis à renegociação da dívida, além de oferecer vantagens para a efetivação do seu pagamento, mediante a reprogramação dos prazos de exigências das parcelas”, afirmou o gerente de Recuperação de Crédito da Desenbahia, Paulo Noronha. Para ele, trata-se de uma grande oportunidade para que o cacauicultor regularize sua vida creditícia e possa voltar a ter acesso a novas fontes de financiamento.

Os contratos de financiamento de cacau administrados pela Desenbahia foram celebrados de 1995 a 1997, portanto durante a primeira e segunda etapas do programa, e tiveram origem no antigo Banco do Estado da Bahia (Baneb), cujo controle foi adquirido pelo Bradesco. No total, a dívida a ser renegociada no âmbito do Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira Baiana soma R$ 172 milhões (posição de dezembro de 2005), envolvendo, além da Desenbahia, os bancos do Nordeste e do Brasil. O programa começou em 1995, quando foram destacados R$ 340 milhões para aplicação em quatro etapas, com o objetivo de combater a  vassoura-de-bruxa e promover a recuperação da cacauicultura no sul da Bahia.