O governador Jaques Wagner acompanhado do secretário de Agricultura da Bahia, Geraldo Simões se reuniu, hoje (2), em Brasília, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, para retomar o Plano Executivo de Aceleração do Desenvolvimento e Diversificação do Agronegócio da Região Cacaueira do Estado da Bahia.

O Plano já havia sido discutido e avaliado no encontro realizado em março desse ano com representantes dos Ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento, secretarias estaduais de Agricultura, Fazenda e Planejamento da Bahia, Ceplac, Câmara Setorial do Cacau, Comissão Nacional do Cacau, Federação da Agricultura do Estado da Bahia, Associação Brasileira das Indústrias de Cacau, instituições financeiras BNDES, Banco do Brasil e Banco do Nordeste.

No encontro de março foram enumerados os problemas que mais afligem os produtores do sul da Bahia, apontando as áreas mais afetadas entre elas o potencial do agronegócio do cacau abaixo da sua potencialidade, dependência da região de uma só cultura, falta de investimento na infra-estrutura do setor, inseguranças quanto às questões fundiárias, ambientais e indígenas, pouca organização do setor, carência de políticas públicas específicas à região, decadência sócio-cultural e turística decorrente da crise do cacau.

Com os problemas expostos, foram traçadas estratégias para a viabilização do Plano Executivo no estado. Nele estão propostas principalmente a revitalização do extremo sul da Bahia, com a recuperação e modernização da plantação de cacau, e a diversificação das culturas agrícolas no Estado. O Plano prevê a implementação de novos produtos na região como a borracha, o dendê, a pupunha, estimulando a produção dos biocombustíveis e desenvolvimento da fruticultura, solução para o endividamento dos produtores, definição orçamentária para execução do Plano .

O secretário explicou que a meta do Plano é criar condições para que a região seja responsável desde a produção da matéria-prima até sua industrialização. Os produtores terão o suporte para o desenvolvimento dessas culturas na região com recursos para a produção de mudas, implantação tecnológica e industrialização do setor agrícola no Estado.

“Esse Plano beneficia um quarto da população do Estado. A região cacaueira é a que mais emprega mão-de-obra agrícola na Bahia, enquanto a soja emprega 0,16%, a cultura do cacau emprega 14% da mão-de-obra agrícola no Estado” comparou o secretário. Segundo dados da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a Bahia é responsável por 67% da produção nacional de cacau, um indicador do potencial do sul do Estado.

Para o governo do Estado o Plano é uma oportunidade de finalizar com o período de crise da produção de cacau na Bahia. O Ministro Reinhold Stephanes disse que vai examinar o projeto e convocou para a próxima quarta-feira (9) um encontro com o grupo técnico do Plano Executivo para definir sua implantação.