Amanhã (30), às 10h, a cultura baiana volta ao centro dos debates no projeto Memória do Desenvolvimento da Bahia (1945 – 1964), na palestra Descontinuísmos Culturais, com o historiador e poeta Fernando da Rocha Peres. Aberto ao público, o evento será realizado no Palácio Rio Branco, na Praça Municipal. A iniciativa é da Fundação Pedro Calmon, que desde abril vem promovendo discussões sobre este período da história da Bahia.

Fernando da Rocha Peres integrou a “Geração Mapa”, grupo de artistas e intelectuais, como Glauber Rocha, que se uniram na década de 50 com o ideal de criar uma editora própria, na qual pudessem publicar seus trabalhos.

Foram criadas as Edições Macunaíma e Mapa, revista literária que teve apenas três números publicados no período entre 1957 e 1958. Rocha Peres é autor de coletâneas poéticas, como a Gregório de Mattos: O Poeta Renasce a Cada Ano, o perfil biográfico Gregório de Mattos – o poeta devorador, em homenagem ao autor baiano, além do volume de poemas Febre Terçã, dentre outras obras.

A última palestra do Projeto Memória do Desenvolvimento será no próximo dia 6, com a professora de Arquitetura Ana Fernandes, sobre o tema O EPUCS: ciência, internacionalismo e participação social. Ela vai abordar o surgimento e importância do Escritório do Plano de Urbanismo da Cidade do Salvador, pioneiro no país a planejar e projetar a evolução de uma cidade brasileira.

Ao final do ciclo de palestras, será organizado um acervo sobre este período, que irá compor o Memorial Casa da Bahia, projeto da fundação. O público poderá ter acesso livre a este acervo para conhecimento e pesquisas especializadas.