Gestantes participam de palestra e recebem enxovais

Em comemoração ao Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher, 293 gestantes de 12 comunidades de baixa renda de Salvador – monitoradas pelo Programa de Melhoria da Saúde Materna e Neonatal, desenvolvido pelas Voluntárias Sociais da Bahia – participaram de ações educativas promovidas pela instituição. Na oportunidade, as mulheres receberam ainda enxovais para seus bebês.

Durante o evento, foram ministradas palestras sobre a importância dos cuidados na gestação. As grávidas cadastradas receberam kits maternidade, contendo fraldas descartáveis e de tecido, conjunto de pagão, cueiro, cobertor, lençol, banheira, lavanda, sabonete, sapato, fita adesiva e saboneteira.

Diabética, Maria Andréa dos Santos, 26, está no oitavo mês da sua segunda gestação. Desta vez, um menino. Ela conta que, devido ao seu problema de saúde, precisa de um acompanhamento médico intensivo. “Na primeira gravidez tive complicações nos últimos meses e acabei ficando internada. O pós-parto também foi difícil por conta de uma inflamação nos pontos da cesárea”, disse.

Maria credita a continuação da sua segunda gravidez ao pré-natal realizado no posto de saúde de Rio Sena, bairro onde mora. “Foi graças à constante medição de glicose do meu pré-natal, que evitei o aborto no quarto mês. Tomo remédio até hoje”, disse. Ela lembrou que o enxoval será muito útil, mas espera não precisar mais. “Meu marido recebe um salário mínimo e qualquer ajuda é de bom grado, mas não quero mais filhos, nossa condição financeira não permite”, concluiu.

Diferente de Maria, que já conhecia a importância dos exames de pré-natal, Paloma Pereira, 12 anos, só procurou um especialista para cuidar da sua gravidez no sexto mês. Estudante da sexta série do ensino fundamental, ela foi encaminhada pela mãe a um ginecologista, quando esta descobriu com surpresa e indignação que a filha esperava um filho. “Eu sentia o bebê mexendo, mas não sabia o que era”, conta Paloma. Ela está com nove meses de gravidez, mas aparenta menos. “A médica disse que meu menino está bem e que isso não é perigoso se eu tiver um bom acompanhamento”, disse.