Passear pelas ruas do Centro Histórico entre bonecos gigantes e marchinhas, cumprimentando e sendo cumprimentado por foliões de todas as idades. Foi dessa forma que o governador Jaques Wagner começou a noite de sexta-feira (16) de Carnaval. “A festa tem espaço para todos. Este é um Carnaval mais tranqüilo para quem quer brincar sem a agitação da rua, para quem quer vir com a família, com filhos pequenos”, disse.

Wagner chegou ao Centro Histórico às 20h e foi recebido pela Orquestra do Maestro Reginaldo, que se apresentava no Largo do São Francisco. Em seguida, visitou a Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), sendo recebido pela titular Maritta Souza.

Acompanhado dos secretários da Cultura, Márcio Meirelles, e da Reparação Social, Luiz Alberto, o governador seguiu para o 18º Batalhão da Polícia Militar (batalhão turístico), na Praça da Sé. Ele afirmou que são os policiais que garantem o brilho da festa, “proporcionando segurança aos foliões”. Este ano, dos R$ 24 milhões investidos pelo Estado no Carnaval de Salvador, R$ 14 milhões foram destinados à segurança.

Logo na entrada do batalhão, Wagner recebeu o cumprimento oficial da tropa e assistiu a uma peça do Grupo de Teatro Tiradentes, formado por PMs, que tinha como mote a abordagem pacífica. “Esta é uma forma de descontrair o policial antes dele sair para as ruas”, afirmou o subcomandante do batalhão, major Humberto.

 O governador foi ver de perto a batida do Olodum, que se preparava para desfilar. Na sede do bloco, o encontro com Caetano Veloso e Zezé di Camargo.  “Esta é primeira vez que visito o Pelourinho. Estou impressionado, pois este é o que podemos chamar de verdadeiro Carnaval de rua”, disse Zezé.

Na esquina da Rua Frei Vicente com a Gregório de Mattos, saindo da sede do Olodum, Wagner encontrou o Rei Momo. Com a simbólica chave da cidade na mão, ele conduzia a rainha, a princesa e a musa do Carnaval. Ao lado, Riachão, o grande homenageado da festa, cumprimentou o governador em ritmo de samba.

Sala de Imprensa

Wagner encerrou a visita ao Centro Histórico no camarote do Pelourinho Dia & Noite, que este ano conta com uma novidade: a Sala de Imprensa. Os profissionais que fizeram a cobertura no Centro Histórico aprovaram a novidade. “Para mim, que ainda vou ter que fazer a saída do Olodum, esta sala facilitou tudo. Sem ela, eu teria que ir ao jornal bater minha primeira matéria para depois voltar”, afirmou a repórter Carmem Azevedo.

Já o secretário da Cultura ressaltou que o Carnaval do Centro Histórico é uma festa diferenciada. “É tudo mais humano, mais bonito, diferente da tecnologia dos grandes blocos”, afirmou. Ele falou ainda da intenção do governador em descentralizar o Carnaval. “Tanto saindo da capital para os municípios como saindo do centro de Salvador para os bairros do subúrbio”, explicou.