Definido como um conjunto de ações formuladas através de um estudo elaborado por diversos segmentos da sociedade organizada, com propostas para a retomada do desenvolvimento regional, o Plano Executivo de Aceleração do Desenvolvimento e Diversificação do Agronegócio da Região Cacaueira foi defendido pelo governador Jaques Wagner, durante visita à Exposição Agropecuária de Itapetinga, no último final de semana.

O governador lembrou que o PAC do sul está inserido na proposta de descentralização da atividade econômica, hoje praticamente concentrada na Região Metropolitana de Salvador e Feira de Santana. “É preciso reduzir as desigualdades sociais, através da expansão da economia, aproveitando as potencialidades de cada região. Além do cacau, o sul da Bahia tem imenso potencial para o turismo, a prestação de serviços e a produção de biocombustíveis”.

“Acredito que daremos um passo importante no sentido de superar uma crise que já dura quase duas décadas na região e que teve impactos profundos na economia, afetando a vida de milhares de pessoas”, declarou o governador, que tem participado ativamente da elaboração e efetivação do plano e, nas últimas semanas, teve duas audiências com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para definir um projeto de ações conjuntas entre os governos federal e estadual, visando a realização de investimentos no sul da Bahia.

O secretário de Agricultura, Geraldo Simões, afirmou que “com a execução das ações apontadas, o sul da Bahia vai iniciar um novo ciclo de desenvolvimento, sem depender de um único produto. Ele citou a existência de instituições importantes, como a Ceplac e a Uesc, que “podem contribuir na difusão de novas tecnologias em áreas importantes como agricultura, informática e meio-ambiente”. Para o secretário, “o apoio do presidente Lula e do governador Wagner são fundamentais para que a região possa viabilizar o projeto que é fruto de um Grupo de Trabalho (GT) bastante representativo”.

“Trata-se de um projeto feito com seriedade, visando a recuperação da lavoura cacaueira e a adoção de programas de diversificação agropecuária, apoio à agroindústria, capacitação profissional, apoio ao associativismo, cooperativismo e agricultura familiar e realização de obras de infra-estrutura”, disse o governador. Ele destacou que o plano também “contempla o equacionamento das dívidas dos produtores e a obtenção de novos créditos”.

O GT reuniu dirigentes dos ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento, secretarias estaduais, Ceplac, Câmara Comercial do Cacau, Comissão Nacional do Cacau, Federação da Agricultura do Estado da Bahia, Associação Brasileira das Indústrias de Cacau, BNDES e bancos do Brasil e do Nordeste.