A Sala Walter da Silveira abriga, nos próximos dias 5 e 6 de fevereiro, a I Mostra Audiovisual Luiz Orlando, em homenagem ao cineclubista baiano, grande incentivador e difusor da sétima arte, falecido no ano passado. A mostra promovida pela Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura (MinC), e organizada pela ONG Omi-Dùdú, com apoio da Diretoria de Artes Visuais e Multimeios (Dimas), da Fundação Cultural do Estado da Bahia, reúne filmes de Zózimo Bulbul, Odilon Lopes, Antunes Filho, Ola Bologun, Antonio Pitanga e Joel Zito Araújo, além de obras contempladas pelo Prêmio Palmares de Comunicação – Novos Destaques do Cinema Negro e realização de debates.

No primeiro dia, o evento conta com uma breve sessão de abertura, às 14h, e, 15 minutos depois, está previsto o início da exibição de quatro filmes de curta e um de média-metragem de Zózimo Bulbul, com sessão de debate com o autor, intitulada projeto Obras Raras – Autor e Obra.

Os títulos que o público pode conferir são: Alma no Olho de 1973, com 11 minutos, que é um estudo sobre a transposição do africano para as Américas; Aniceto do Império, de 1981, também de 11 minutos, que narra a história de Aniceto do Império Serrano, fundador da famosa escola de samba e militante do cais do porto; Pequena África, de 2002, com 14 minutos de duração, que apresenta lugares habitados por escravos alforriados e que desde 1850 até 1920 foram conhecidos por Pequena África; Samba no Trem, de 2005, com 18 minutos, é um documentário sobre a celebração do Dia Nacional do Samba; e finalmente Referências, média com 38 minutos de duração, que junto aos curtas será também objeto de bate-papo com o cineasta.

Ainda no primeiro dia, às 17h, as atenções se voltam para Vida Nova por Acaso, episódio do filme Um é Pouco. Dois é Bom, média-metragem de 1970, com 48 minutos de duração, dirigido por Odilon Lopes, em sessão intitulada “Obras Raras”.

Para debater o tema O Cinema Negro – Referências e Trajetórias, a mesa oficial da I Mostra Audiovisual Luiz Orlando será instalada às 19h. Será integrada pelos cineastas Bulbul e Joel Zito Araújo, pelos vencedores do prêmio Palmares de Comunicação, Lílian Santiago (SP) e Paulo Rogério Nunes (BA), além do presidente da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, do presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, e tendo como mediadora Ruth Pinheiro (CAD-RJ). A atriz Lea Garcia ainda não confirmou presença, mas poderá também compor a mesa-redonda.

Comemoração

Uma homenagem a Luiz Orlando está prevista para ocorrer às 20h30, seguida de um coquetel no Quadrilátero da Biblioteca Pública dos Barris, ocasião em que será lançada edição da Revista Palmares, que coroa o encerramento das atividades do primeiro dia do evento.

Na terça-feira, dia 6, as atividades da I Mostra Audiovisual Luiz Orlando, começa logo às 10h, com a exibição, na Sala Walter da Silveira, de obras vencedoras do Prêmio Palmares de Comunicação – Novos Destaques do Cinema Negro.

Serão projetados os filmes Kamba Racê, de Ricardo Leão, Sob o Signo da Justiça, de Carlos Romão de Siqueira e Ernesto Ignácio de Carvalho, Rosário do Seridó, de Edson Soares do Nascimento, Makota Valdina, de Ana Verena Carvalho, Jociléia Rodrigues Ribeiro e Paulo Rogério Nunes, Yalode: Damas da Sociedade, de José Pedro da Silva Neto e Maria Emília Coelho, e Balé de Pé no Chão, de Lílian Sola Santiago e Marianna Monteiro.

À tarde, às 13h30, tem outra sessão Obras Raras, em que serão exibidos os filmes Compasso de Espera, produção de 1973, sob direção de Antunes Filho, às 15h15, Na Boca do Mundo, de 1976, com Antonio Pitanga assumindo função de diretor, às 17h15, A Deusa Negra, de 1978, dirigido por Ola Bologun, e finalmente às 19h15, Filhas do Vento, realização de Joel Zito Araújo, encerrando o evento.