De volta da viagem ao Japão, ontem (1º), o governador Jaques Wagner afirmou que há um grande interesse daquele país em investir em diversos segmentos da economia baiana. Durante uma semana de permanência em terras orientais, o governador, acompanhado do secretário da Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo, cumpriu uma extensa agenda, com reuniões com representantes de grandes companhias, a exemplo da Toyota, Mitsiu e Bridgestone. A perspectiva de atração de investimento e ampliação de projetos já existentes no estado é reforçada com a comemoração dos 100 anos de imigração japonesa no Brasil, em 2008.

Depois da transmissão de cargo, pelo vice-governador Edmundo Pereira, no Palácio de Ondina, Wagner destacou que foi convidado pelo governo japonês para visitar o país, o que deixa claro que há um grande interesse nesse novo momento da Bahia. “Fiquei bastante impressionado com o interesse das empresas japonesas em aumentar a relação comercial com a Bahia. A viagem foi muito positiva, e deve dar frutos rapidamente”, avaliou o governador. 

Rafael Amoedo disse que, em encontro com a diretoria da indústria de pneus Bridgestone, os executivos elogiaram a capacidade e a mão-de-obra baianas. “Eles afirmaram que a unidade da Bridgestone em Camaçari (resultado de um investimento da ordem de R$ 824 milhões) é muito importante para o desenvolvimento das operações da companhia para a América Central e América do Norte”, contou o secretário.

A Mitsui, que é parceira do estado na Bahiagás e fornecedor dos trens no projetos do metrô, demonstrou grande interesse no desenvolvimento de projetos de etanol e biodiesel, segundo Amoedo. Já a diretoria do Banco de Cooperação Internacional do Japão (JBIC) enfatizou o interesse em financiar projetos de desenvolvimento para a Bahia.

A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), por sua vez, frisou que quer desenvolver projetos de cooperação em qualificação e meio-ambiente. Na passagem pelo Japão, o governador e o secretário se encontraram também com dirigentes de instituições financeiras e governamentais, como a Câmara Baixa (o equivalente à nossa Câmara Federal) e o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“A viagem foi muito boa e produtiva. Ficamos mais conhecidos, mostramos nossa tônica de governo, nossa política de desenvolvimento, o tipo de matriz que queremos fazer, os projetos que vamos implementar no estado e com certeza vamos nos aproximar bastante dos japoneses, visto que o interesse é recíproco”, declarou o secretário.

“Feita essa consolidação de conhecimento, as coisas tem um campo fértil para prosperar. A Bahia hoje é um celeiro de oportunidade, não só para o Japão, mas para alemães, portugueses, espanhóis, chineses, empresários de todo o mundo vêm aqui e começam a perceber que é um estado sério, de grandes oportunidades, de um governo que vai cumprir tudo o que foi prometido. Queremos isso, inclusão social, geração de trabalho e renda, melhoria do nosso povo”, completou.