O Sextas Baianas exibe amanhã (2), às 21h, na TVE, com horário alternativo às 2h45, o curta-metragem Oriki, de Jorge Alfredo e Moisés Augusto. Filmado em 2000, e com duração de 15 minutos, a fita apresenta uma visão poética da figura de Iemanjá, a rainha do mar. Alfredo e Augusto são os entrevistados do programa, que destaca ainda Festa na Bahia de Oxalá (69), dirigido por Ronaldo Duarte, com texto e narração de Jorge Amado.

Numa linguagem entre o tradicional e o poético, Oriki mostra a devoção das filhas-de-santo e dos pescadores da praia do Rio Vermelho à Iemanjá. Apresenta poemas, textos e músicas de Antonio Risério, Arnaldo Antunes e Odorico Tavares, que versam sobre o orixá, na voz de artistas como Caetano Veloso e Virgínia Rodrigues, entre outros.

Jorge Alfredo – Cineasta e músico, trabalha no levantamento genealógico do samba, do frevo e do baião. Atua como roteirista, músico, montador, fotógrafo ou diretor de produções. Estão no seu currículo, com créditos em funções variadas, filmes como República de Canudos (1989), Imagens Cruzadas (1991), Troca de Cabeça (1993), Heteros, a Comédia (1994), Mr. Abracadabra! (1995), Os 7 Sacramentos de Canudos (1995), Rádio Gogó (1996) e Oriki (2000). Seu primeiro longa é Samba Riachão (2001), vencedor do 34º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e premiado em diversos certames.

Moisés Augusto – Um dos principais nomes do cinema da Bahia, foi produtor e um dos principais articuladores de boa parte dos curtas e (poucos) longas realizados nos anos 90 e início desta década. Moisés produziu Três Histórias da Bahia (primeiro longa baiano após 18 anos), Samba Riachão, de Jorge Alfredo, ganhador do candango de melhor longa no Festival de Brasília em 2001, prêmio dividido com Lavoura Arcaica, de Luis Fernando Carvalho. Produziu ainda Esses Moços (2004), de José Araripe Jr., e Eu Me Lembro, de Edgard Navarro, que arrematou sete prêmios no Festival de Brasília de 2005.