Pacientes com Traumatismo Raqui-Medular (TRM) já estão sendo atendidos com mais agilidade nos hospitais da rede estadual. Desde 23 de janeiro, 62 acidentados que aguardavam vagas no setor de Ortotrauma do Hospital Geral do Estado (HGE) foram transferidos para outras unidades das redes própria e conveniada dque atendem e fazem cirurgias em casos de TRM.

Segundo o secretário da Saúde, Jorge Solla, essa articulação entre os hospitais da rede é muito importante. “O HGE é a porta de entrada, mas os procedimentos podem ser feitos em outras unidades. Temos que otimizar ao máximo as nossas unidades”, afirmou.

 O coordenador do setor de Ortotrauma do HGE, Jayme Freire de Carvalho, disse que todas as medidas estão sendo tomadas para melhorar o atendimento. “Estamos tentando solucionar o mais rápido possível os problemas desses pacientes. Além da falta de leitos, há dificuldades com o exame de ressonância magnética, que é realizado no Hospital Roberto Santos e deve ser feito até 48 horas depois de solicitado”, disse.

“É através desse exame que o médico vai identificar o tamanho da lesão e decidir se vai operar ou não”, disse o coordenador. Segundo ele, a Enfermaria do HGE já chegou a ter de seis a sete pacientes aguardando a ressonância. Ontem (08), depois da operação implementada, existia apenas um paciente, mas que já estava com exame agendado, demonstrando a agilidade do atendimento.

O setor de Ortotrauma do HGE foi criado há 17 anos, com 26 leitos para  pacientes de TRM e capacidade para realizar quatro cirurgias semanais. Em média, oito pacientes de Traumatismo Raqui-Medular chegam ao hospital por semana. Está em estudo na Secretaria da Saúde (Sesab) a criação de mais uma unidade  especializada em Ortotrauma. “Estamos utilizando o máximo da capacidade da rede pública, contando com leitos em diversos hospitais e ampliando o Ortotrauma do Hospital Manoel Vitorino. Vamos aumentar nosso potencial para fazer de oito a dez cirurgias por semana e resolver definitivamente o problema desses pacientes na Bahia”, disse o diretor da Rede Própria da Sesab, Abelardo Meneses.

O TRM é provocado, principalmente, por acidentes de trânsito, falta do uso do cinto de segurança, acidentes de trabalho por falta de equipamento de proteção e mergulho em águas rasas. A média de idade dos pacientes que chegam ao TRM do HGE é de 30 anos.