O Centro de Recursos Ambientais (CRA) concedeu uma Licença de Alteração para a área de 500 mil metros quadrados, na Avenida Paralela, que sediará o Parque Tecnológico Tecnovia. O empreendimento será um habitat de inovação para atrair e desenvolver empresas de base tecnológica e abrigará incubadoras de empresas, centros de pesquisa e desenvolvimento, laboratórios de núcleos de pesquisa, além de áreas compartilhadas para a interação entre universidades e empresas.

Ficou também definida, sexta-feira (30), numa reunião realizada na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a formação de dois grupos de trabalho interinstitucionais que discutirão propostas de gestão e de concepção para o parque. O Tecnovia será fruto de uma ampla parceria que contempla os setores acadêmico, empresarial e público, coordenado pela Secti.

De acordo com o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ildes Ferreira, existem 38 parques tecnológicos implantados ou em implantação no Brasil. “A Bahia demorou muito para entrar neste movimento de parques tecnológicos e um empreendimento deste é imprescindível para a diversificação e desenvolvimento de nossa economia”, destacou.

O secretário de CT&I citou que desde 2005 existem recursos do governo federal de R$ 13,6 milhões, fruto de uma emenda de bancada de deputados baianos, disponíveis para iniciar as obras. “Mas estas verbas ficaram impedidas de serem liberadas há mais de dois anos porque o antigo governo não conseguiu estruturar a transferência do terreno da prefeitura para o Estado, ação esta que já estava aprovada pela Câmara dos Vereadores desde 2005”.

Ferreira destaca que em apenas três meses de gestão 90% dos procedimentos burocráticos para o início das obras já foram resolvidos, dentre eles a licença de alteração concedida hoje pelo CRA.

De acordo com a coordenadora de Licenciamento Ambiental do CRA, Ana Cordeiro, como este é um parque tecnológico com uma conceituação ambiental, o novo projeto tem muitos ganhos em relação ao loteamento residencial que seria destinado anteriormente para a área. “O parque contará com tecnologias limpas, padrão de urbanização de baixa densidade e mais áreas preservadas”. Ana também esclarece que o padrão de ocupação e o sistema viário do Tecnovia têm uma configuração mais adequada à topografia local. “Isso acarreta em mais ganhos em relação à vegetação, inclusive em conformidade com a nova Legislação Ambiental de Mata Atlântica, editada no final de 2006”, disse.