As discussões sobre o plano baiano a ser apresentado na Conferência Nacional das Cidades, que acontece em novembro, em Brasília, ganhou, neste sábado (15), o reforço do governador Jaques Wagner. O governador se juntou aos 1.200 delegados regionais de toda Bahia para falar sobre a importância da participação popular no desenvolvimento de ações e soluções para o estado. Este ano, o evento reuniu um público três vezes maior do que o da última edição em 2004.
“Aqui acontece aquilo que eu acredito que trará melhores resultados para a Bahia; a interação do poder público com sociedade civil, que traz para nós a sua visão sobre o que é melhor para a Bahia. A democracia realmente dá mais trabalho, ela leva mais tempo para começar a implementar, isso porque ela depende de um debate mais amplo. Mas depois, a solução alcançada se mostra muito mais duradoura e consistente porque foi fruto dessa discussão com o povo”, disse o governador.
Wagner afirmou ainda que o povo baiano já entendeu como se dará o novo modelo de gestão tanto que, está participou ativamente das reuniões do Plano Plurianual Participativo e agora da Conferência das Cidades. Ele afirmou ainda que na segunda-feira vai encaminhar à Assembléia Legislativa o projeto de lei que cria o Conselho Estadual das Cidades.
Para a catadora de material reciclável Lisete Portugal, as discussões com o povo torna mais eficiente a gestão do governo. “Essas discussões vão ajudar a construir a cidade que nós queremos. Daqui vai sair a Carta Magna do clamor do povo”, disse. Ela participa de uma associação que reúne 38 catadores. O grande desejo dela e dos colegas é moradia. “Muitos dormem no aterro sanitário em que trabalham”, contou. Para Lisete, investir em moradia e cooperativismo é uma das formas do governo ajudar a população a melhorar de vida.
Para a vice-presidente da Associação de Moradores da Comunidade Alto do Sacramento, Sílvia Barbosa, a falta de saneamento básico, infra-estrutura e moradia é o que mais prejudica a população. “Aqui nós temos a oportunidade de dizer o que a gente precisa. Acabou aquela regra de dar ao povo um pacote pronto. Agora a gente participa das discussões para ajudar a construir a cidade e o estado que a gente quer”, afirmou.