Produção, distribuição, programação, exibição, o ensino e a crítica, os investimentos e os financiadores. O diretor-geral do Irdeb, Pola Ribeiro, defendeu ação articulada entre os vários segmentos do audiovisual no Estado para que a Bahia esteja sintonizada com os desafios da atividade no Brasil e no mundo.

“Não podemos mais pensar somente em fazer um filme, um programa. Precisamos gerar uma economia do audiovisual. As principais ferramentas para dialogar com o mundo estão em nossas mãos e não dispensar isso”, afirmou, durante a aula inaugural do curso de Cinema e Vídeo da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), realizada na Sala Walter da Silveira.

“Nos últimos anos, as políticas implantadas no nível estadual não deramsustentabilidade ao negócio do audiovisual, mas o Ministério da Cultura quebrou paradigmas há quatro anos. É por isso que estamos aqui, em um momento de reflexão profunda para gerar uma ação rápida, mas com resultados sólidos e perenes”, disse Pola.

“É uma grande aposta juntar os esforços da Dimas com o Irdeb, uma possível cinemateca, uma film comission, as produções em curso, as escolas. Não estamos no zero. Estamos com a página limpa para reescrevê-la, cheios de idéias, projetos e vontade. Cabe agora nos comunicar e nos aproximar com a FIEB, a Associação Comercial, as outras tevês e demais interessados na busca desse farol. Porque temos tradição, cenário e uma nova geração de profissionais estimulados para isso.”

A coordenadora do curso de Cinema e Vídeo da FTC, Marise Berta, falou sobre o momento particular de invenção e possibilidades do audiovisual baiano. “A formação tem que estar atrelada à política de produção”.

Uma sessão com filmes de curta-metragem realizados pelos alunos da FTC integrou a aula inaugural do curso, que também contou com a presença de Sofia Federico, diretora Imagens e Multimeios da Fundação Cultural do Estado da Bahia.