Mais de 100 mil metros de fios de eletricidade falsificados foram apreendidos pela Polícia Civil em cinco lojas de materiais de construção e num depósito localizado na rua Régis Pacheco nº 314, no bairro do Uruguai. Fabricados com menos cobre e mais capa plástica do que os autênticos, os produtos clandestinos traziam nos rótulos as marcas fictícias Lótus, Elite, Plus, Ouro Preto e NTT, além de selos falsos do Imetro.

Segundo informou o delegado Adaílton Souza Adan, do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), os rolos de fios falsificados eram revendidos a preços acessíveis nas lojas Disktem Materiais de Construção, em Castelo Branco, na Casa Nova Material de Construção, em São Marcos, na JM Material de Construção, em Sussuarana, na Visual Pisos Material de Construção, na Rua Djalma Dutra, e no Hiperbarato, no Largo das Sete Portas. Os comerciantes indicaram um homem de prenome Wagner como sendo o distribuidor do produto em Salvador, repassado às lojas apenas com a emissão de pedidos de compra.

Localizado pela Polícia na sexta-feira passada (2), o responsável pela distribuição disse que comprava as peças de fios de eletricidade em São Paulo, mas não apresentou notas fiscais, afirmando que fazia contato com os fabricantes através de telefone.  Todo o lote apreendido foi encaminhado ao Complexo Policial da Baixa do Fiscal e está à disposição da Justiça. De acordo com o delegado, amostras do material serão submetidas a perícias do Imetro e do Departamento de Polícia Técnica (DPT). Constatada a falsificação, os revendedores e o distribuidor deverão responder criminalmente.

Além de infrigir o Código de Defesa do Consumidor, a comercialização de fiação elétrica de origem clandestina traz prejuízos patrimoniais ao comprador, cujos aparelhos eletrodomésticos e eletroeletrônicos podem ser danificados irreversivelmente em casos de curtos circuitos. Há ainda o risco de incêndios nos imóveis devido à utilização de fios falsificados na rede de energia. A Polícia baiana descobriu a fraude através de denúncia feita pela Associação Brasileira de Combate a Falsificação (ABCF), sediada em São Paulo.