Presa dupla que furtou 700 baterias de operadora de celular

O técnico em telecomunicações Antônio Bispo Pereira de Jesus, de 52 anos, e o sucateiro Raimundo Santos de Carvalho, 43 anos, o “Mundinho” foram presos em flagrante, acusados do furto de baterias automotivas usadas em estações de rádio base, onde estão instaladas torres de uma operadora de telefonia celular no Estado da Bahia. As baterias (utilizadas também em caminhões) servem para manter o sistema funcionando em caso de falta de energia. 

Cerca de 700 baterias (42 toneladas) foram furtadas em Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Alagoinhas, totalizando um prejuízo estimado em R$ 1 milhão e 540 mil. Os furtos vinham ocorrendo há um ano e meio, sem arrombamento das unidades. A operadora prestou queixa na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos e no Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (GERC).

Um dos autores dos furtos, Raimundo de Carvalho, é funcionário da empresa Nesic, prestadora de serviço à operadora, tinha as chaves das estações e as senhas dos alarmes.  A operação de retirada das baterias durava apenas três minutos. Logo após o furto das baterias, toda a área coberta pela torre ficava com o sistema desligado. Ou seja, os celulares paravam de funcionar.

Depois da queixa, as bases passaram a ser monitoradas pelos policiais até que ocorreu o flagrante no sábado (27) último, na estação da Pituba, a menos de 150 metros do Colégio Militar do Salvador (CMS). Os acusados tinham acabado de retirar 14 baterias (840 quilos), colocadas em uma kombi pertencente a Raimundo de Carvalho, dono de um ferro-velho. Todo o material furtado foi apreendido pelos policiais.

Um adolescente era pago para carregar as baterias do local onde estavam instaladas até o carro. As baterias pesam entre 60 e 80 quilos. Um outro ajudante participava, mas disse acreditar que se tratava de um serviço legal, já que o contratante tinha as chaves e senhas dos alarmes. Toda a ação da dupla vinha sendo filmada por uma equipe de policiais. O delegado Pietro Baddini, plantonista do GERC, coordenou a operação e lavrou o flagrante dos criminosos por furto qualificado e corrupção de menores.