A produção da indústria baiana caiu 6,7% em abril. O desempenho negativo em relação ao mesmo período do ano passado foi conseqüência da redução na produtividade das indústrias petroquímica, química e de celulose e papel. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo IBGE e divulgada em parceria pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan). No quadrimestre, de janeiro a abril, a redução foi de 0,2%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a expansão, em ritmo de desaceleração, passou a 1,0%.

Segundo a equipe técnica da SEI, cinco segmentos da indústria de transformação contribuíram para a desaceleração da produção em abril. As maiores contribuições negativas vieram do refino de petróleo e produção de álcool (-16,4%), devido à queda na fabricação de óleo diesel e naftas para a petroquímica, produtos químicos (-5,0%), com queda puxada especialmente pela uréia e pelo amoníaco, e celulose e papel (-15,5%), em decorrência da diminuição da fabricação de papel. Por outro lado, os principais impactos positivos foram assinalados por borracha e plástico (12,1%) e alimentos e bebidas (1,7%). A indústria extrativa mineral se manteve praticamente estável no período com taxa de -0,2%.

No resultado acumulado no primeiro quadrimestre do ano, comparada com o mesmo período de 2006, a produção industrial baiana decresceu 0,2%, enquanto a indústria de transformação apresentou decréscimo de 0,1%. Quatro setores registraram taxas negativas, destacando-se refino de petróleo e produção de álcool (-6,2%) e veículos automotores (-14,4%). Por outro lado, os impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (13,1%) e borracha e plástico (13,5%).

A taxa calculada para os últimos 12 meses (maio/2006 a abril/2007) foi de 1,0% de crescimento. A equipe da SEI ressalta que a trajetória da taxa desses 12 meses revela desaceleração do ritmo de crescimento desde dezembro. A Bahia está na 9ª posição entre os 13 estados pesquisados. Neste indicador, os segmentos de veículos automotores (-7,0%), refino de petróleo e produção de álcool (-0,5%) e produtos químicos (-0,4%) apresentaram queda, os demais gêneros da indústria baiana registraram taxas positivas no período, destacando-se: celulose, papel e produtos de papel (6,3%) e alimentos e bebidas (3,2%).