Ainda estão disponíveis 1.959 vagas no ensino médio integrado à educação profissional na rede estadual de educação. Desse total, 982 são para a capital baiana e as demais, distribuídas em 19 municípios. As matrículas podem ser feitas até o dia 28 de fevereiro, em qualquer um dos 611 postos informatizados distribuídos pelo estado – sendo 197 deles em Salvador. Oferecido em 26 escolas da rede, o curso tem a duração de quatro anos e possibilita ao aluno a formação técnica e o ensino médio. Ao final do período, o estudante terá finalizado toda a educação básica, além de ter adquirido a formação suficiente para se inserir no mercado de trabalho.

Este ano, Salvador ampliou de oito para nove o número de escolas que oferecem o ensino médio integrado à educação profissionalizante. Em seu primeiro ano ofertando a modalidade, o Instituto de Educação Isaías Alves (Iceia) já preencheu todas as 90 vagas disponíveis para o curso de informática no turno matutino, restando ainda 68 vagas para o vespertino. Já no Anísio Teixeira, das 225 vagas ofertadas no curso de análise clínicas para o vespertino, restam 74 vagas.

Logo que assumiu a pasta, o secretário estadual da Educação anunciou o desejo de ampliar a oferta de educação profissional para 25 mil alunos nos próximos quatro anos. Com uma carga-horária de quatro horas diárias e duração de quatro anos, o curso está dividido em aulas práticas e teóricas. “Em todas as escolas que implantaram o curso e funciona de forma satisfatória, a procura é grande”, avalia a coordenadora de educação profissional, Rita Cruz.

Os cursos ofertados são: gestão comercial, gestão ambiental, informática, agropecuária, turismo, eletrotécnica, música e análise clínica. Para efetuar a matrícula, os estudantes maiores de 18 anos ou responsáveis devem se dirigir a um dos 611 postos informatizados distribuídos pelo estado munidos de três fotos 3×4 mais original e xerox da carteira de identidade, certidão de nascimento e transferência ou atestado de escolaridade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabelece que a educação profissional deve estar integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia. “A oferta do ensino médio integrado à educação profissionalizante deverá contribuir com a melhoria da qualidade dessa etapa final da educação básica. Em termos curriculares, essa modalidade reúne conteúdos do ensino médio e da formação profissional que deverão ser trabalhados de forma integrada durante todo o curso, assegurando o imprescindível diálogo entre teoria e prática”, afirma Rita Cruz.

Dados do último Censo Escolar realizado pelo Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que dos 8.906.820 alunos que freqüentam o ensino médio no Brasil, apenas 744.690 têm acesso à educação profissionalizante integrada. Além de promover a inclusão social, os cursos funcionam como uma ferramenta que dá oportunidade de acesso dos alunos ao mundo do trabalho.