A creche do Conjunto Habitacional Moradas da Lagoa, fechada no final do ano passado, foi reaberta hoje (29) por determinação do secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Valmir Assunção. Construído pelo Governo do Estado no bairro de Coutos, o conjunto é voltado para ex-moradores de rua e pessoas provenientes de casas de passagem e áreas de risco. A creche atende 140 crianças de zero a quatro anos em situação de risco social e subnutridas, assim como filhos de mães adolescentes e de pais que trabalham fora. O secretário disse que vai estudar a possibilidade de ampliar o espaço físico da unidade para atender um número maior de crianças, inclusive na faixa-etária de cinco anos.

Após a reabertura oficial da creche, Assunção visitou a horta comunitária do conjunto, onde os moradores pediram apoio para melhorar a qualidade e quantidade das hortaliças. Ele informou que a equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) está fazendo um diagnóstico da situação do conjunto habitacional, do qual faz parte um condomínio empresarial com pequenas indústrias não-poluentes.

Ao final da visita, o secretário se disse consciente dos muitos problemas a serem resolvidos e da necessidade de encontrar soluções junto com os empresários e a comunidade. “”Para isso, temos que somar forças. Não queremos que os projetos já encaminhados parem, mas vamos aperfeiçoar o que for possível para enfrentarmos a desigualdade e o sofrimento de vocês””, disse.

No Centro Comunitário do Conjunto, moradores se queixaram da falta de
emprego. Segundo o presidente da Associação de Moradores da Lagoa, Carlos
Alberto Farias, a situação poderia ser menos grave se as empresas que
estão se instalando no entorno do conjunto aproveitassem a mão-de-obra local. “”Eles exigem idade de 18 a 25 anos e escolaridade de 1º e 2º graus, mas aqui a maior parte das pessoas não tem esse grau de instrução e os que têm mais de 35 anos são considerados sucata””, desabafou. Tanto Assunção quanto o secretário da Indústria e Comércio, Rafael Amoedo, e o presidente da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial, Dílson Fonseca, prometeram estudar a situação e adotar medidas articuladas entre os diversos órgãos da administração estadual com capacidade de intervir na situação.