Amanhã (30) e quarta-feira (31), a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) será alvo de visita técnica de representantes da Hemobrás, empresa pública que está em fase de implantação, no estado de Pernambuco. Ela funcionará vinculada ao Ministério da Saúde na produção industrial de hemoderivados obtidos a partir do fracionamento do plasma.

O secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla, e o presidente da Hemobrás, João Paulo Baccara, serão recebidos pela diretora da Fundação Hemoba, Ângela Zanetti, às 8h30 de amanhã (30).

Criada através de lei federal, de janeiro de 2004, a Hemobrás tem um custo de implantação estimado em US$ 55 milhões. A fábrica deverá fracionar de 400 a 500 mil de plasma por ano, produzindo albumina, imunoglobulina, Fator VIII, Fator IX e complexo protombínico.

Com isso, o Ministério da Saúde espera reduzir custos e ampliar o acesso a estes produtos. Atualmente, o órgão gasta, por ano, cerca de US$ 100 milhões na importação de hemoderivados para atender às demandas do SUS.

Técnicos da Hemobrás estão visitando hemocentros do país com o objetivo de divulgar informações sobre o processo de implantação e o trabalho a ser desenvolvido pela empresa. Outro objetivo é conhecer os hemocentros, que deverão fornecer plasma humano para a fábrica. O Brasil produz por ano cerca de 100 mil litros de plasma fresco, matéria-prima para a obtenção de todos os hemoderivados. 

Entretanto, o país não dispõe de capacidade industrial suficiente para produzir todos os tipos de derivados de sangue para suprir as necessidades de consumo. Hoje, mais de 90% de derivados do plasma usados em diversas situações médicas são importados.

Existem apenas três fábricas em funcionamento no país, sendo duas públicas (em Pernambuco e no Distrito Federal), e uma privada (no Rio Grande do Sul), que fracionam apenas a albumina, e atendem 8,5% das necessidades do país.