Secretário da Saúde visita maternidade do bairro do Pau Miúdo

O Secretário da Saúde, Jorge Solla, visitou ontem (6), a Maternidade de Referência Professor José Maria de Magalhães Netto, no bairro do Pau Miúdo. A visita foi para avaliar as instalações da unidade e os serviços oferecidos. Na ocasião, o secretário participou de uma reunião com os dirigentes da Santa Casa de Misericórdia, entidade que administra a maternidade, para discutir a possibilidade de renovação do contrato e os termos que o mesmo poderá ser realizado. O secretário disse que além de renovar o contrato é muito importante rever o papel da maternidade na rede. “Essa parceria tem que ir além da maternidade. Alguns recursos, como o sistema de informática, podem ser socializados com outras unidades da rede para melhorar o serviço de saúde no estado”, explicou o secretário.          

Sobre os serviços ambulatoriais, o secretário disse que é muito importante uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para desenvolver um trabalho na rede básica. “Seria um trabalho de educação e orientação para as pacientes com informações sobre a importância do pré-natal e do acompanhamento médico durante a gestação, para evitar problemas no parto e pós-parto”, disse Solla.

A maternidade efetuou 621 partos no mês de fevereiro, sendo 401 normais e 220 cesarianas. O quadro de pessoal no início do funcionamento era de 553 profissionais, hoje conta com 910 servidores. Nesses nove meses de funcionamento realizou 6.669 atendimentos, com uma média de 834 procedimentos por mês. A unidade de saúde conta  com serviços de urgência e emergência, especializados para a gestante de risco, funcionando em regime de 24 horas, além de enfermarias estruturadas de acordo com padrões internacionais.

No total, são 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo 10 de obstetrícia e 20 de neonatal. Existe também um espaço destinado à atenção semi-intensiva, com 28 leitos de berçário para cuidados intermediários e um centro cirúrgico e obstétrico, com dez salas de parto normal, sendo que apenas cinco estão equipadas e em pleno funcionamento. As outras cinco ainda serão montadas. São quatro salas de cirurgia. Para a diretora geral da maternidade, Lícia Cavalcante, para a renovação do contrato alguns índices precisarão ser revistos. “Na época em que a maternidade foi inaugurada não tínhamos índices concretos. Hoje, depois de nove meses de existência, avaliamos que devemos alterar alguns índices”, disse a diretora.

Ela informou que a média de permanência da paciente na unidade é de quatro dias, enquanto que a média determinada pelo Ministério da Saúde (MS) é de três dias. “A falta do pré-natal no período da gestação aumenta a incidência de doenças como hipertensão e diabetes, alterando o tempo da paciente na maternidade”, explicou a diretora.

A maternidade é de referência e deve receber pacientes encaminhadas de outras unidades de saúde e reguladas pela Central de Regulação. “A maioria das gestantes vêm por conta própria. Isso gera uma demanda muito grande e a nossa taxa de ocupação acaba ficando sempre no limite”, explicou a gestora.