A reforma e ampliação do Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, está sendo negociada junto ao Ministério da Saúde pelo secretário da Saúde do Estado da Bahia, Jorge Solla, dentro do Programa Qualisus. O anúncio foi feito domingo (28), durante visita do secretário ao hospital. A direção do Clériston Andrade está fazendo o levantamento do quadro de funcionários e avaliando a possibilidade de aumentar o número de profissionais, buscando prestar um melhor atendimento. O secretário destacou que existem problemas na estrutura física do hospital. “Faltam equipamentos necessários para o bom atendimento e o pronto de socorro está inadequado”, afirmou ele.

Sábado (27) foram entregues os materiais necessários para o pleno funcionamento do hospital. De acordo com a direção da unidade, as cirurgias eletivas voltarão a ser realizadas esta semana. Para o secretário Jorge Solla, o fato de a nova direção ter encontrado uma unidade completamente desabastecida de insumos, materiais e medicamentos é preocupante. “O que nos chamou atenção foi o hospital ter um resto a pagar alto, ao tempo que encontramos uma unidade sem material básico como, seringas e luvas”, afirmou.

O secretário explicou que as licitações foram feitas, os contratos assinados e o empenho realizado, contudo, o pagamento não foi efetivado. Isto quer dizer que o pagamento será feito com o financeiro de 2007. Porém, o secretário disse que os pagamentos serão feitos depois que a auditoria feita pela Sesab, for concluída. “Na próxima segunda-feira (05), iniciaremos a auditoria, vamos estudar contrato por contrato e só vamos pagar àqueles que estiverem corretos e depois que tivermos a certeza que os materiais foram entregues à unidade”, disse.

Ao tomar posse, dia 10, a nova diretoria do Clériston Andrade encontrou a unidade sem materiais básicos e com uma dívida de R$ 682.510,85 equivalente a restos a pagar. No dia 19, o hospital só tinha condições de realizar atendimentos de urgência e emergência. Dia 22, o novo diretor da unidade, Vagner Bonfim, solicitou auditoria nos contratos. Dia 24, foram suspensas as cirurgias eletivas. No dia 26, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia providenciou a compra de materiais básicos, medicamentos e insumos e encaminhou para o hospital.