Apenas três dias depois da sua inauguração, o Serviço de Neurocirurgia do Hospital do Oeste (HO), em Barreiras, já contabiliza três cirurgias, todas realizadas com sucesso. O primeiro paciente registrado no novo serviço, único na região do oeste baiano, foi um bebê de apenas 20 dias, portador de hidrocefalia. Operado na tarde de quarta-feira (27), mesmo dia em que foi inaugurado o serviço, o bebê já foi retirado da ventilação mecânica e está se recuperando na UTI neonatal.

Também na quarta-feira, à noite, foi operada Joana Ferreira Guedes, de 57 anos, moradora da zona rural de Santa Rita de Cássia, cidade próxima de Barreiras. Após cair da carroceria de um caminhão e bater com a cabeça, a paciente foi submetida à uma craniotomia (drenagem de hematoma intra-cerebral). Depois de cerca de quatro horas de cirurgia, a paciente encontra-se em recuperação, na UTI.

Ontem, quinta-feira, mais uma cirurgia foi realizada pela equipe do Serviço de Neurocirurgia do HO. A paciente, Maria Ribeiro da Silva, de 87 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral hemorrágico e foi submetida a uma drenagem  ventricular externa. Também transferida para a UTI, Maria Ribeiro recupera-se de acordo com o esperado pelos médicos.  

Reivindicação

O Serviço de Neurocirurgia do HO atende a uma antiga reivindicação dos moradores da região, que precisavam se deslocar para Brasília ou Salvador em busca de atendimento. O serviço presta assistência 24 horas, focada nas cirurgias de urgência. Com um ano de inaugurado, o Hospital do Oeste foi projetado para atender à demanda de uma região que engloba 36 municípios e totaliza cerca de um milhão de habitantes. São 204 leitos, sendo 175 de internação (24 leitos de UTI, entre neonatal, adultos e pediatria, 15 de cuidados intermediários de neonatal, 10 da unidade de queimados, 31 de clínica médica, 31 de clínica cirúrgica, 34 de clínica pediátrica e 30 de clínica obstétrica) e 29 leitos de observação, distribuídos nas emergências adulto, pediátrica e obstétrica.

A área ambulatorial atende em especialidades como cardiologia, nefrologia, angiologia, neurologia, endocrinologia, obstetrícia de alto risco e neonatologia, e a estrutura de apoio diagnóstico e terapêutico dispõe de serviços como a espirometria, a tomografia e o ecocardiograma.

Construída pelo Governo do Estado, a unidade hospitalar é administrada, desde julho do ano passado, pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). Este ano, durante as comemorações do primeiro aniversário do hospital, o secretário da Saúde, Jorge Solla, visitou a unidade, oportunidade em que renovou, por mais um ano, o contrato de gestão com a Osid.