A Secretaria da Saúde (Sesab) firmou, na semana passada, um Termo de Ajuste e Conduta (TAC) com representantes do Sindicato dos Vigilantes e diretores da Ascop Vigilância Eletrônica e Patrimonial Ltda – empresa que presta serviço nas unidades hospitalares da rede estadual. “Queremos que a Ascop pague os salários no prazo e acerte as férias, vales-transporte e auxílio alimentação atrasados. Só vamos pagar o mês de fevereiro à empresa depois que a mesma apresentar os documentos comprovando a quitação dos débitos. A saúde não pode ficar sofrendo sobressaltos””, explicou o diretor-geral da Sesab, Amauri Santos.

Ele disse que a Sesab vai ser exigente na cobrança da execução dos termos dos contratos, no que se refere à fiscalização do número de vigilantes nas unidades, comprovantes de presença, dentre outras exigências. “”Vamos fazer um pente fino e evitar que sejamos lesados. Muitas vezes, o Estado não é lesado na licitação, mas sim na execução do contrato. Nosso papel é gerir o Estado””, ressaltou Santos. Ele destacou que cumprir os pagamentos em dia é muito custoso para a Sesab, por isso a exigência da execução plena do contrato vai ser real.

Para o dirigente do Sindicato dos Vigilantes, José Boaventura Santos, o mais interessante no momento é rediscutir o modelo de contratação, que segundo ele é um modelo desgastado e que prejudica o trabalhador.. “”Este modelo não é o melhor para o trabalhador. Gostaríamos de aproveitar para abrir uma discussão e tentar encontrar outras formas de contratar os vigilantes””, afirmou.

Segundo o diretor da Ascop, Clemilton Andrade, os pagamentos que estavam em aberto já foram realizados. Ele afirmou que a empresa sempre foi sensível aos problemas do trabalhador, proporcionando as melhores condições possíveis de trabalho. “”Em outras épocas, já ficamos até três meses sem receber o pagamento. Nós apenas repassamos o dinheiro e estamos nos desgastando sem necessidade, pois quando o dinheiro chega à nossa mão fazemos os pagamentos de imediato””, explicou. Ele disse a Ascop vai implementar um serviço de atendimento ao vigilante “”para melhorar a comunicação entre a empresa e o trabalhador””, afirmou.