Mais de quatro mil índios da aldeia Tupinambá de Olivença, no sul do Estado, serão beneficiados com um protocolo de intenções, a ser firmado entre a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (Semarh) e a Associação Cultural e Ambientalista dos Índios Tupinambás de Olivença, quinta-feira (19), Dia do Índio.

O protocolo visa propor melhorias na qualidade de vida da aldeia, garantindo alternativa de renda para as comunidades tradicionais e contribuindo para a preservação de 92 quilômetros quadrados de Mata Atlântica. A assinatura será na aldeia indígena, localizada no distrito de Ilhéus, pelo secretário da Semarh, Juliano Matos, e o presidente da Associação de Tupinambás, Cláudio Magalhães.

Das plantas os índios retiram a matéria-prima para produção de peças artesanais comercializadas no turismo. De acordo com Cláudio Magalhães, a parceria com a Semarh irá facilitar a confecção de artesanato em escala comercial. “A nossa produção terá técnicas modernas e tradicionais de uso dos recursos naturais, que garantam a preservação ambiental”.

“Vamos apoiar a construção de um viveiro de mudas nativas, para reflorestar áreas já degradadas”, garantiu Matos. Na oportunidade, o secretário e o superintendente de Biodiversidade Florestas e Unidades de Conservação da Semarh, Marcos Ferreira, irão visitar o Parque Estadual Serra do Conduru, que abrange os municípios de Ilhéus, Uruçuca e Itacaré, totalizando 9.275 hectares.

De acordo com Ferreira, a Semarh está trabalhando para regularizar a questão fundiária dos pequenos agricultores que permanecem na região. “No parque, criado há 10 anos, ainda existem pendências na apropriação de terras”, declarou Ferreira, ao explicar que parques estaduais são criados com a finalidade de proteger a área.