O governador Jaques Wagner participou hoje (7), no Teatro Gregório de Matos, de um encontro com dirigentes de cerca de 100 organizações não-governamentais com o objetivo de estreitar a relação e estabelecer um canal de comunicação permanente.

“As questões que o gestor tem como prioridade podem não corresponder às necessidades das classes, por isso é bom manter essa articulação que permite um governo mais seguro e consistente. Agora é necessário que as entidades compreendam que o governo possui algumas limitações que elas não têm, para assim estabelecermos uma parceria de grandes resultados”, afirmou Wagner.

No encontro, foi entregue ao governador uma carta proposta. O documento reúne uma diversidade de questões relacionadas a grupos variados como negros, mulheres, sem-terra, portadores de necessidades especiais, entre outros. Os eixos para debate foram discutidos e acordados em reuniões e seminários que reuniram os diversos segmentos sociais.

Um dos principais pleitos da comissão é que seja feita uma revisão dos conselhos existentes e a criação de outros espaços para discussão. No documento, é sugerida a criação dos conselhos de comunicação e economia solidária. Eles pedem também atenção especial para a agricultura familiar, reforma agrária e o redimensionamento da estrutura do governo.

“Esse seminário é resultado de meses de trabalho. Desde o processo de transição do governo nos organizamos para colaborar efetivamente com essa gestão”, disse o coordenador do Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Edmundo Kroger. Para o Secretário da Promoção da Igualdade, Luiz Alberto, o governo está aberto às discussões. “O governo está aberto a colaborações e discussão, sempre. Essa vontade foi sinalizada ao criar a Sepromi”, disse.

O diretor regional da Associação Brasileira de ONGs (Abong) e da Comissão de Articulação entre Movimentos Sociais e o Governo, Damien Hazard, acredita que a interlocução entre o governo e a sociedade civil vai permitir a construção de um governo democrático. “Queremos participar dessa reinvenção do Estado na Bahia. Agora é a oportunidade de iniciar um novo modelo de diálogo para buscar o desenvolvimento da Bahia de forma sustentável e com responsabilidade social”, afirmou.

A diretora executiva da Coordenação Ecumênica de Serviço (Cese), entidade que financia, através de aporte financeiro de organismo internacionais, pequenos projetos no Brasil acredita que a parceria vai facilitar o desenvolvimento do terceiro setor e também contribuir para o fortalecimento dos pleitos. “Na medida em que temos um governo comprometido com o social é importante que a sociedade civil atue como parceira”, disse. Os secretários Juliano Matos (Semarh), Rui Costa (Serin), Adeum Sauer (Sec) e Afonso Florence (Sedur) também participaram do evento.