A sensibilização acerca do respeito aos direitos humanos no sistema prisional, mostrando uma realidade que vai além das ações disciplinares no trato com os internos, deu início na manhã de ontem (10), na sede da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), ao Programa de Formação Básica para os 77 agentes penitenciários selecionados sob Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). O concurso foi realizado no primeiro semestre deste ano.
A chefe-de-gabinete da SJCDH, Gleide Gurgel, e o superintendente de Assuntos Penais, Francisco Leite, deram as boas vindas aos agentes e destacaram o modelo adotado pela secretaria, focado nos direitos humanos e na preocupação com a cidadania. Já Miriã Márcia, coordenadora de modernização, exibiu no auditório Pedro Milton o documentário O Cárcere e A Rua, de Liliana Sulzbach, – que mostra as incertezas de ex-presidiárias que voltam a viver em liberdade e as de quem chega à prisão pela primeira vez.
Ao longo da tarde, Vera Leonelli, assessora especial da secretaria, fez uma exposição com projeção de textos e imagens sobre os direitos humanos no Brasil, voltando-se para a igualdade e a diversidade de etnia e gênero.
O curso prossegue na SJCDH até o dia 14, com duração total de 40 horas, abordando temas como: sistema penal, processo de ressocialização, gerenciamento de crise e perfil do agente penitenciário. Uma visita técnica às Unidades Prisionais de Salvador vai encerrar a semana de capacitação na tarde de sexta-feira (14).
Os 77 convocados devem ser admitidos após o fim do treinamento. Eles serão contratados pelo Reda por um período de dois anos – que podem ser prorrogados por mais dois – e prestarão serviços no Presídio Salvador, situado no Complexo Penitenciário da Mata Escura.